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Segunda - 17 de Setembro de 2012 às 09:36

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O Ministério Público ofereceu, ao Judiciário de Guarantã do Norte(715 km ao norte de Cuiabá), denúncia contra Rogério Pessoa Freire, Joab da Silva Pontes e Jiovani da Silva Lima, acusados pelas mortes do fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, 60, do filho Anderson de Lima Alfanaci, 24, e dos funcionários Wilson Silveira Santiago, 25, e Célio Soares da Silva, ocorridas no mês de agosto, em Novo Mundo. Eles foram denunciados por seqüestro, ameaça, homicídio e ocultação de cadáver.

Conforme a denúncia, Rogério e Jiovani já haviam trabalho na fazenda de Alfanaci e, com apoio de Joab, ficou decidido que, inicialmente, iriam seqüestrar e extorquir pai e filho. Para isto, Rogério repassaria dois revólveres e munições. Já os outros dois suspeitos arrumariam o transporte: motos.

Os assassinatos foram em dia 17 de agosto, por volta das 18h. A denúncia narra que os acusados se deslocaram até a fazendo e ficaram na estrada aguardando as vítimas. Minutos depois, Antonio e Wilson passaram pelo local de caminhonete. Rogério teria dito às vítimas que uma das motocicletas estaria com problema e, com isto, as vítimas teriam oferecido ajuda. Antônio teria convidado os acusados para ir até a sede da fazenda, onde Anderson estaria e seria chamado para carregar a moto até a cidade.

Na sede, os acusados teriam sacado as armas e anunciado o sequestro. As vítimas teriam deitado no chão e sido amarradas com fita levada pelos suspeitos. Joab teria ficado vigiando Antônio, Anderson e Wilson enquanto os outros dois suspeitos foram atrás de Célio. Este, por sua vez, tentou fugir e acabou sendo baleado e morto. O corpo de Célio foi arrastado por cerca de 50 metros do local do crime e jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda. Já morto, Rogério teria feito mais dois disparos na cabeça da vítima.

Após o fato, dois dos suspeitos seguiram com as demais vítimas na caminhonete de Antônio até o local que seria usado como cativeiro. O terceiro suspeito seguiu de moto. As margens da linha Trevisan, vítimas foram obrigadas a deixar o veículo e seguir a pé, cerca de dois quilômetros, até um bananal à beira de um riacho. As vítimas ficaram deitadas de bruços enquanto os acusados pediam por dinheiro e cartão de crédito. A decisão de matar teria surgido após os suspeitos perceberem que as vítimas não tinham dinheiro. A denúncia aponta ainda que Rogério atirou em Wilson; Joab em Antônio e Jiovani em Anderson.

No dia 19 do mesmo mês, Jiovani teria enviado uma mensagem de texto por meio do celular de Anderson para a namorada deste dizendo "amor fala pra mãe que eu to vivo, em breve eles entra [sic] em contato com ela so [sic] depois que não tiver polícia".

Após o episódio, os suspeitos voltaram a aparecer no dia 21. Eles teriam enviado uma série de mensagens à viúva de Antônio, exigindo inicialmente R$ 6 milhões. Posteriormente, o valor foi reduzido a R$ 3 milhões. A viúva teria pedido uma prova de que as vítimas estivessem vivas e, como resposta, os suspeitos disseram que ela teria que pagar R$ 100 mil pela informação.

As conversas entre suspeito e viúva foram monitoradas pela Polícia Civil, que chegaram até Joab após perceberem que ele utilizava o aparelho de Anderson para conversar com a namorada do acusado. Quando abordaram Joab, confirmaram que as mensagens de negociações ainda estavam salvas. O acusado então "decidiu colaborar" e levou à localização dos demais acusados e bem como a dos corpos de Antônio, Anderson e Wilson.

A denúncia aponta ainda que a viúva de Antônio e a filha dela foram ameaçadas de morte pelos acusados durante as negociações. O trio apontou também que atearia fogo no estabelecimento empresarial dela.

O caso chocou a população da pequena Novo Mundo. O trio foi recambiado para o presídio Osvaldo Florentino (Ferrugem), em Sinop, no dia 23 de agosto. No mesmo mês, o delegado de Guarantã do Norte, Carlos Eduardo Muniz confirmou que durante os depoimentos os acusados confirmaram que a intenção inicial dos era sequestrar, matar e pedir o resgate.

Rogério, Joab e Jiovani devem ser levados à júri popular






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