Obama 'não descartaria' visita a Cuba, diz porta-voz da Casa Branca
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou nesta segunda-feira (11) que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "não descartaria" a ideia de visitar Cuba, embora não existam planos imediatos para isso.
Segundo a agência France Press, Earnest respondeu desta forma ao ser consultado por jornalistas sobre a possibilidade de Obama repetir o gesto de François Hollande, que neste final de semana se tornou o primeiro presidente francês a fazer uma visita oficial à ilha.
No mês passado, Obama se encontrou com o presidente cubano Raúl Castro na Cidade do Panamá, durante a Cúpula das Américas, na primeira reunião entre os líderes dos dois países em mais de cinquenta anos. O último encontro frente a frente havia sido entre os presidentes Dwight Eisenhower, dos EUA, e Fugencio Batista, de Cuba, em 1956, em outra cúpula das Américas no Panamá, antes da revolução cubana que levou Fidel Castro ao poder.
A reaproximação entre Estados Unidos e Cubafoi anunciada em 17 de dezembro do ano passado pelos dois presidentes. Além de libertar cubanos que estavam presos no país, acusados de espionagem, os EUA também divulgaram na ocasião medidas como a facilitação de viagens de americanos a Cuba, autorização de vendas e exportações de bens e serviços dos EUA para Cuba, autorização para norte-americanos importarem bens de até US$ 400 de Cuba e o início de novos esforços para melhorar o acesso de Cuba a telecomunicação e internet.
Mas, embora Obama já tenha declarado que pretende encerrar o embargo a Cuba, ele depende de uma aprovação do Congresso. A ideia ainda é vista com certa resistência pelas maiorias republicanas da Câmara e do Senado.
Na segunda, durante sua visita, o presidente francês manifestou apoio ao encerramento do embargo. A França fará o possível para contribuir para que "a abertura possa se confirmar, que as medidas que tanto prejudicaram Cuba possam enfim ser anuladas, suprimidas", afirmou Hollande, em referência ao embargo que penaliza a economia da ilha desde 1962.
"Vocês sabem qual sempre foi a posição da França para levantar o embargo que entrava o desenvolvimento de Cuba", insistiu o presidente francês. Todos os anos desde 1991, Paris vota a favor da resolução que pede o levantamento do embargo na Assembleia Geral da ONU.
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