UE diz que pode acolher 20 mil imigrantes; países poderão recusar Países tentam pôr em prática uma forma de reassentar quem pede asilo. Sul da Europa clama por ajuda da UE para solucionar questão.
Oficiais alemães ajudam imigrantes resgatados perto da ilha de Lampedusa a embarcar na fragata Hessen, no dia 8 de maio (Foto: Reuters/Bundeswehr/PAO Mittelmeer/Handout via Reuters)
O órgão executivo da União Europeia propôs nesta quarta-feira (13) o acolhimento de 20.000 refugiados ao longo de dois anos e a sua distribuição por toda a Europa, mas dando à Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca a opção de não aceitar nenhum.
Chocada com as mortes de imigrantes do norte de África que tentam chegar à Europa através do Mediterrâneo, a União Europeia está tentando pôr em prática uma forma mais justa de reassentar quem pleiteia asilo num momento em que os partidos anti-imigração estão em ascensão.
A Itália e outros países do sul da Europa estão clamando por ajuda da UE para lidar com o influxo mas, enquanto a Itália, Alemanha e Áustria apoiam um sistema de quotas, alguns Estados do bloco se opõem.
"Nenhum país deve ser deixado sozinho para enfrentar grandes pressões migratórias", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em sua conta no Twitter, depois que as propostas foram publicados.
Com base em um regime de quotas estabelecido de acordo com a dimensão do país, a produção econômica e outras variáveis, a Alemanha ficaria com a maioria dos imigrantes, seguida pela França e Itália, e com a Grã-Bretanha com a opção de ficar de fora.
Horas antes de os planos serem revelados, a ministra britânica do Interior, Theresa May, criticou a abordagem da UE, dizendo que ao não enviar de volta os imigrantes com motivações econômicas, o bloco os está incentivando a viajar à região.
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