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Nacional
Quinta - 14 de Maio de 2015 às 08:43

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Indiciado por estelionato depois de dar o calote em noivas e formandos do Distrito Federal, o decorador Crisanto Galvão Netto trocou mensagens com uma colega de trabalho negando ter roubado e se dizendo falido. O homem embarcou para a França na última quarta-feira (6) à noite, segundo a polícia. Em uma carta para os clientes, ele disse que está com depressão e que precisou cancelar contratos desde o início do ano.


Antes de viajar, Galvão Netto fez questão de cuidar do visual, segundo o barbeiro Diomar Rodrigues. “Fez cabelo e barba, disse que estava cansado e que ia embora do país. Queria mais sossego, vamos dizer”, afirmou.

A prisão preventiva do decorador foi pedida nesta terça-feira (12). De acordo com a delegada Cláudia Alcântara, o número de vítimas não para de crescer. Além de noivos, duas turmas de faculdade com cerimônias marcadas para o meio do ano também foram prejudicadas. O prejuízo é estimado em R$ 1,4 milhão.

Para a delegada, o empresário "empreendeu fuga". "Ontem [na segunda] nós procuramos o Netto em todos os locais que ele poderia residir e em todos ele não estava. Ele mudou desses lugares e ninguém sabe o atual endereço dele no Brasil. Ele se mudou dos endereços e não deixou nada. Está claro que ele está fugindo da ação policial."

A empresa do decorador funcionava em uma loja na quadra 303 do Sudoeste. Na sexta-feira (8), a porta estava trancada e não havia nenhuma identificação. A informação dos vizinhos da empresa é que os funcionários foram dispensados na última quinta e ninguém voltou ao local depois disso.

A delegada afirmou que Galvão Netto era policial militar, estava afastado e voltou ao serviço em abril deste ano. Desde então está de licença médica. Ela não soube dizer o motivo do afastamento. Segundo a PM, Galvão pediu afastamento sem remuneração há três anos para cuidar de "assuntos pessoais".

Pedido de desculpas
De acordo com as vítimas, o empresário enviou uma carta às noivas na sexta-feira dizendo que devolveria o dinheiro recebido, mas sumiu sem restituir os valores.

Cláudia Alcântara contou que, no texto, ele pediu desculpas e disse que, por conta da situação financeira do país, teve de cancelar os contratos. O decorador afirmou ainda estar com depressão.

A administradora Cristina Leal, uma das vítimas, disse que tinha uma reunião com Galvão Netto no dia em que ele foi para Paris. “Eu liguei para ele para falar sobre o contrato e ainda brinquei se podia dormir tranquila. Ele respondeu que sim e que a decoração [da festa] seria um sucesso.”





Fonte: G1

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