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Internacional
Sexta - 15 de Maio de 2015 às 21:28

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A Coreia do Norte vive um clima que mais parece um filme de terror. Desde que assumiu o cargo de líder supremo do país, em dezembro de 2011, Kim Jong-un colocou toda a sua loucura a serviço de um regime brutal. As informações são do Daily Mail.


A mais recente vítima foi o então ministro da Defesa, Hyon Yong Choi, 66 anos, que foi punido com a pena de morte por ter dormido durante um discurso do intolerante ditador.

Choi, que foi nomeado chefe militar da Coreia do Norte em 2012, foi massacrado por uma arma antiaérea na frente de centenas de autoridades sedentas de sangue em um acampamento militar na capital em 30 de abril, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Além de Choi, cinco dos outros sete homens que carregaram o caixão no funeral de seu pai, Kim Jon-Il, que também comandava o país com métodos ditatoriais, participaram da cerimônia do ministro da Defesa: Jang Sung-taek, Kim Ki Nam, Choe Tae-bok, Ri Yong-Ho, Kim Yong-chun, Kim Jong-gak e U Dong-Chuk.
Dessa elite política norte-coreana, três componentes do governo foram executados, um está desaparecido e outros dois foram banidos por ordens de Jong-un.

Ninguém entende o que se passa na cabeça do presidente. O único recurso é obedecer. E mesmo assim a ameaça permanece presente, já que, segundo Michael Madden, do grupo North Korea Leadership Watch, ele não se sente seguro no cargo.

Um especialista em Coreia do Norte, afirma que a intenção de Jong-un é utilizar estas execuções e arbitrariedades como exemplo. Rivalizando com os que estiveram no funeral, ele quis demonstrar, na sua visão, que todos eles não fazem falta.

Terem pertencido ao comitê do funeral do ex-líder Kim Jong Il foi um sinal de que os oficiais estavam ganhando influência, inclusive Choi, que chegou ao cargo de ministro da Defesa em 2012. Mas essa influência começou a ser vista como ameaça .
Em 2013, o presidente mandou matar o seu tio, Jang Song Thaek, que foi preso e imediatamente executado após ser acusado de traição.

Caiu em descrédito rapidamente para o comandante, já que chegou a ser considerado o segundo homem mais importante na hierarquia do país

Um desertor do regime afirmou que, para exterminar qualquer ameaça, Jong-un mandou matar sua própria tia, Kim Kyong Hui, viúva de Thaek, por envenenamentoKim Jong-un mandou matar cerca de 15 altos funcionários em 2015, segundo serviço de inteligência da Coreia do Sul, o que aumentou para cerca de 70 o total de execuções desde o final de 2011. Numa delas, ele mandou um oficial ser queimado por um lança-chamas
Estátuas dos líderes anteriores a Jong-un estão expostas na capital Pyongyang e são vistas com "reverência" pela população. Parte do povo mantém uma admiração forçada, com medo de punições.

Outra parte, alienada pela propaganda do regime comunista, considera cada líder um herói. Kim Il Sung morreu em 1994 e Kim Jong Il, seu filho (foto), governou por 17 anos .

O regime teve início em 1953, com o fim da Guerra da Coreia, iniciada três anos antes. Desde então, o conflito permanece, já que a parte do Sul, que conseguiu se manter aliada aos Estados Unidos, é capitalista, e a do Norte, antes apoiada abertamente pela China, ingressou em um regime comunista de exceção.

Tendo admitido em 2002 que possui armas nucleares, o governo norte-coreano se tornou uma ameaça na visão do Ocidente e passou a receber sanções.

Resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) condena o país por abuso dos direitos humanos. Para conter a fortíssima crise econômica, o governo utiliza a questão nuclear como barganha.

Segundo o Banco Mundial, o PIB da Coreia do Norte é de US$ 40 bilhões (R$ 120 bilhões) e o da Coreia do Sul é de US$ 1,3 trilhão (R$ 3,9 trilhões).





Fonte: R7

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