Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 03 de Junho de 2015 às 08:08

    Imprimir


No último setembro, a vida da mexicana Hilda Legideño Vargas mudou completamente. Seu filho, Jorge Antonio Tizapa Legideño, desapareceu quando viajava em ônibus pela cidade de Iguala, vizinha a Ayotzinapa, onde estudava, no estado de Guerrero.


Jorge Antonio e outros 42 estudantes da escola Magistério de Ayotzinapa tinham viajado de ônibus para arrecadar fundos para seus estudos. Segundo as investigações, os jovens foram atacados a tiros pela polícia de Iguala e sequestrados sob as ordens do ex-prefeito da cidade, José Luis Abarca, para evitar que os estudantes invadissem um evento público de sua mulher, que aspirava ser a próxima prefeita.

Hilda nunca mais viu seu filho. “Buscamos nossos filhos por toda Iguala, nas prisões, em hospitais e em um batalhão militar. A partir do dia 26 de setembro nossa vida mudou completamente”, diz Hilda, que está em São Paulo com mais três familiares de estudantes desaparecidos.

A caravana dos familiares, que também passou pela Argentina, espera que movimentos sociais brasileiros se manifestem pelo caso dos 43 estudantes desaparecidos, para dar mais visibilidade ao caso.

“Oito meses sem saber dos nossos filhos é um desespero muito forte. Mas entendemos que não podemos ficar sentados”, diz Hilda.

Segundo a investigação, a polícia sequestrou os estudantes e os entregou a pistoleiros do grupo Guerreros Unidos, para os quais supostamente trabalha o prefeito de Iguala. Os narcotraficantes teriam assassinado os jovens e queimado seus corpos durante 14 horas em um lixão da cidade vizinha de Cocula.





Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/413614/visualizar/