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Internacional
Terça - 09 de Junho de 2015 às 09:28

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Em viagem oficial a Moscou, na Rússia, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), participaram nesta segunda-feira (8) do 1º Fórum Parlamentar do Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.


Durante o encontro, foi assinada uma declaração conjunta que reivindica a reforma de organismos internacionais multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento também defende a criação de uma Assembleia Parlamentar dos Brics para promover o contato permanente entre os países também na esfera legislativa.

Cunha e Renan anunciaram, ainda, que pretendem montar uma comissão mista para acompanhar os temas relacionados ao bloco, especialmente a implementação e o funcionamento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o chamado Banco do Brics, que teve a sua criação aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional brasileiro.

Pelas regras, o Congresso de cada país-membro precisa dar o seu aval para que o banco possa sair do papel. Com capital inicial de US$ 50 bilhões - podendo chegar a US$ 100 bilhões -, o NBD terá o objetivo de financiar projetos de infraestrutura em países emergentes. Os empréstimos também poderão ser concedidos a países emergentes fora dos Brics.

O fórum, que reuniu parlamentares dos cinco países, foi um encontro preparatório para a próxima cúpula do bloco, que acontece nos dias 8 e 9 de julho em Ufá, também na Rússia.

Viagem
Além de Cunha e Renan, a delegação brasileira no evento foi composta por 13 deputados e três senadores. As esposas de oito parlamentares e o presidente do PSC, Pastor Everaldo Dias Pereira, candidato derrotado à Presidência da República em 2014, também acompanharam a comitiva oficial, que deve embarcar de volta ao Brasil nesta terça-feira (9).

Antes de ir para a Rússia, o presidente do Senado ficou três dias em Paris a passeio com a mulher. No caso dos deputados, 12 deles, incluindo Cunha, passaram uns dias em Israel e Palestina antes de seguirem para Moscou. Na agenda, havia encontros com autoridades desses países, mas o roteiro também incluiu passeios turísticos.

A assessoria da Câmara não informou os custos da viagem oficial dos parlamentares. Informou apenas que os gastos com as esposas foram pagos pelos próprios deputados e que parte das autoridades viajou a “convite” dos governos dos países visitados. Nas viagens a convite, a Câmara arca com o custo da passagem aérea.

Indagada sobre o motivo da presença de Everaldo, a assessoria da Câmara disse não ter informações. Em nota divulga na última quinta-feira (4), a assessoria de imprensa do Pastor Everaldo informou que ele pagou com recursos próprios todas as despesas da viagem.

Segundo a assessoria, a participação do Pastor Everaldo na viagem "se deve ao fato de o pastor ter sido o promotor do encontro do presidente da Câmara com o embaixador de Israel, Reda Mansour, em 19 de março, quando o convite foi oficialmente feito."





Fonte: G1

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