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Sábado - 15 de Setembro de 2012 às 13:41

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O emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe na Síria, Lakhdar Brahimi, se encontrou neste sábado em Damasco com o presidente Bashar al-Assad e avisou que o conflito sírio é uma "ameaça para o mundo". O chefe de Estado sírio, por sua vez, disse que uma saída política para a crise depende do apoio estrangeiro aos rebeldes. Durante sua conversa com o mediador na tentativa de encontrar uma solução para o sangrento conflito, Assad pediu por um diálogo intersírio, de acordo com a televisão estatal. "O autêntico problema na Síria é combinar o aspecto político com o trabalho em terra. O trabalho sobre o aspecto político continua, sobretudo graças a um convite internacional ao diálogo centrado nos desejos do povo sírio", declarou Assad. "O sucesso da ação política dependerá das pressões sobre os países que financiam e treinam os terroristas e fazem entrar armas na Síria, para que deixem de fazê-lo", acrescentou o presidente sírio. Assad garantiu que seu país "coopera totalmente com todos os que trabalham com sinceridade e de maneira neutra e independente para resolver a crise", em um encontro no qual participaram também o ministro das Relações Exteriores, Walid Mualem, e a conselheira presidencial Bosaina Chabane. Brahimi, que na segunda-feira havia considerado sua missão "muito difícil", advertiu: "a crise é perigosa, está se agravando e representa uma ameaça para o povo sírio, para a região e para o mundo". "Vamos fazer todo o possível para avançar e para pôr todos os nossos esforços e nossas possibilidades em ajudar o povo sírio", disse o novo mediador, em sua primeira missão no país. Ele assegurou que "o governo sírio prometeu ajudar o gabinete (de Brahimi) em Damasco para que realize bem seu trabalho", que é dirigido pelo diplomata Mokhtar Lamani. "Vamos manter contato com os países que têm interesses e influência no caso sírio", afirmou Brahimi. O emissário indicou que manterá relações com "o grupo de contato" sobre a questão síria, formado por Egito, Irã, Arábia Saudita e Turquia. Os países ocidentais, liderado pelos Estados Unidos, pedem a saída de Assad, assim como a Turquia, enquanto o Irã, a Rússia e a China, aliados de Damasco, são favoráveis a uma transição política, mas não exigem a queda do regime. Por outro lado, segundo televisão síria, o emissário internacional garantiu "que trabalhará com toda a independência, baseando-se no plano Annan e na declaração de Genebra". Na sexta-feira, Brahimi entrou em contatos com membros do Conselho de Coordenação Nacional Sírio (CCNS, oposição interior). A viagem de Brahimi à Síria, a primeira desde que substituiu Kofi Annan, é feita no sábado em que o conflito, iniciado com uma revolta popular em 15 de março de 2011 que foi reprimida violentamente pelo regime, entra em seu 19º mês. Desde o início, os violentos combates já deixaram mais de 27.000 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).




Fonte: TERRA

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