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Agronegócios
Segunda - 15 de Junho de 2015 às 15:22

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Até o momento, 15% de uma área em produção de 44,54 mil hectares já foi colhida. Neste ciclo, o Estado pode chegar a produzir até 1,2 milhão de sacas, contra 560 mil sacas no ano passado, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).


Essa diferença tão grande de produção de um ano para o outro se deve ao fato de que a safra 2014 foi prejudicada devido à forte geada que atingiu as lavouras paranaenses em 2013, segundo afirma Paulo Franzini, gerente da área de café do Deral e coordenador Estadual da Câmara Setorial do Café. No ano passado, a área em produção do Paraná foi de 33,5 mil hectares, com uma área total de plantio de 55,5 mil hectares. Neste ano, a área total caiu para 53,5 mil hectares.

Franzini afirma que a produção de café neste ano volta ao patamar normal. "Muitas áreas não chegaram a produzir no ano passado devido à geada de 2013", observa Franzini. Em relação a 2013, a área total com café hoje é 35% menor. Naquele período, o Paraná tinha 82 mil hectares de área plantada com café. A colheita deste ano deve terminar no início de setembro.

O clima e os baixos preços da saca foram os fatores que levaram muitos produtores a desistirem da atividade. Desde o início do ano, o valor da saca de café recebido pelo produtor vem caindo. O ano começou com o preço da saca a R$ 398,00, média de janeiro. Em maio, o valor caiu para R$ 369,00/sc, ante R$ 379,39/sc registrado em maio de 2014. Por outro lado, o custo de produção no Estado tem variado entre R$ 320/sc e R$ 400/sc.

O gerente do Deral afirma que o produtor que utiliza mais tecnologia para aumentar a produtividade e também utiliza colheita mecanizada possui um custo de produção menor. Franzini destaca que a mão de obra na fase de recolhimento dos grãos é muito cara e difícil de encontrar. "Quem investe em tecnologia de produção e em maquinários tem o custo de produção reduzido", destaca o especialista.

Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem que a safra brasileira de café beneficiado das variedades arábica e conilon está estimada em 44,28 milhões de sacas. O volume de produção é 2,3% inferior se comparado à safra de 2014, quando foram produzidas 45,34 milhões de sacas. A queda no quadro geral se deve à retração de 13% na produção da variedade conilon, cujo maior produtor é Espírito Santo, estado que sofreu uma forte quebra de safra devido à falta de chuvas.

Já a produção de café arábica, que corresponde a 74,3% do volume dos grãos produzido no Brasil, deverá ter um acréscimo na produção de 1,9% neste ano em relação ao ano passado. Ao todo, o País deverá produzir 32,91 milhões de sacas. A área em produção com as duas variedades somam 1,94 milhão de hectares, uma ligeira queda de 0,2% em relação ao ano passado.





Fonte: Folha Web

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