Presidente pressiona Taques e exige definição sobre possível saída do PDT
O deputado estadual Zeca Viana, que preside o PDT mato-grossense, cobrou posicionamento do governador Pedro Taques sobre a possível ruptura com a sigla.
Segundo o parlamentar, o debate já se estende há 90 dias e está inviabilizando o projeto de reestruturação planejado pelos dirigentes. “Eu quero que o governador fique no partido, mas o PDT é maior que Pedro Taques. Ou faz, ou desocupa a moita”, declarou em entrevista aoRdnews.
Zeca Viana também afirma que aguarda a saída de Taques para voltar a percorrer os municípios com objetivo de filiar novas lideranças. Objetivo é preparar o PDT para os próximos processos eleitorais.
“Vamos disputar 2016 com possibilidades de vitória em diversos municípios. Entre 2010 e 2014, viabilizamos um governador. Temos capacidade de viabilizar outro nome até 2018”, completa.
Além disso, Zeca Viana sustenta que a saída de Taques não representa “terra arrasada” para o PDT. Na avaliação do dirigente, lideranças como o prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta ajudarão a reconstruir o partido. “Representamos os ideais do verdadeiro PDT, que não se envolve nos escândalos de corrupção”.
Enquanto Zeca Viana cobra posicionamento, Taques segue dialogando com outras siglas em âmbito nacional. Na última quarta (10), o governador participou de jantar reservado na residência do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em Brasília. O encontro ainda contou com a presença do senador José Serra (PSDB-SP) e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Na manhã seguinte, antes de viajar para Sinop onde cumpriu agenda oficial, Taques ainda tomou café da manhã com o presidente nacional do PSB Carlos Siqueira e com os governadores da sigla. Na ocasião, as lideranças reforçaram o convite para filiação na legenda socialista.
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal determinando que a Lei da Fidelidade Partidária não se aplica aos ocupantes de cargos majoritários (presidente da República, senadores, governadores e prefeitos) acabou facilitando a ruptura de Taques com o PDT. A decisão é motivada por divergências com a direção nacional, que insiste em dar sustentação à presidente Dilma Rousseff (PT). As divergências públicas com Zeca Viana também ajudaram a empurrá-lo para fora da legenda.
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