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Sexta - 14 de Setembro de 2012 às 15:11
Por: ITIMARA FIGUEIREDO

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O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Pogóssovitch Akopov recebeu na quinta-feira (13), durante visita técnica em Cuiabá, o estudo de viabilidade para a construção da Ferrovia Leste-Oeste, denominada de FICO, para interligar a Região Araguaia. Akopov se comprometeu a avaliar a proposta até o próximo encontro que será no próximo mês Brasília.

O estudo feito pela Assembleia Legislativa propõe a rota da ferrovia saindo de Água Boa até o Porto de Barcarena, totalizando 1.660 km de trilhos, que, segundo o presidente da Casa de Leis José Riva (PSD), pode ser construída por meio de Parcerias Publico Privadas (PPP´s).

Brasil e Rússia mantém bom relacionamento comercial e há boas perspectivas de novos acordos. Companhias russas estão interessadas, por exemplo, na participação do desenvolvimento dos setores de energia hidrocarbônica e elétrica no Brasil.

No caso da ferrovia, Riva garante que a FICO promoverá à integração de Mato Grosso por oferecer cinco opções para o escoamento da produção. São elas: Porto de Barcarena, Porto Itaqui, Ferrovia do Aço, que liga Carajás a São Luís no Maranhão, e as rodovias BR-158 e PA-140. Além de interligar a todos os portos do Nordeste brasileiro.

Objetivo é promover o desenvolvimento na região, que sofre com a falta de infraestrutura e logística, além de facilitar o escoamento da produção, reduzindo, significativamente, o percurso até os portos. No mês passado, Riva solicitou ao Governo do Estado, informações sobre os projetos ferroviários a serem implementados. O parlamentar quer saber os critérios adotados para a construção de ferrovias e os benefícios que serão colhidos diante dos empreendimentos.

Essa preocupação se deve à constatação de que o Porto de Barcarena, no Pará, é o mais viável à exportação da produção mato-grossense. Instalado a 30 quilômetros de Belém, está entre os três melhores do mundo, com capacidade para receber navios de grande porte, de até 60 mil toneladas, com profundidade de 18 e 20 metros. E está preparado para exportar duas mil toneladas de bauxita por hora.

Diferente do projeto do Governo do Estado, que trabalha pela conclusão da BR-163, num trecho de 800 quilômetros de asfalto e quer construir uma linha férrea paralela à BR-163, para facilitar o escoamento da produção através do Porto de Santarém. Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso apontaram que essa via de escoamento é viável economicamente somente até Sorriso, num percurso de 1.740 Km de ferrovia.

Outro entrave para investimento na ferrovia de Cuiabá a Santarém é que esse porto recebe somente navios de até 18 mil toneladas, com profundidade de 9 e 15 metros. E tem capacidade de transportar três milhões de toneladas, do total de 85 milhões de toneladas produzidos em Mato Grosso. Outro agravante é que, embora a ferrovia totalize 1.400 quilômetros, para a carga chegar até esse porto tem que percorrer mais 720 Km de balsa, encarecendo ainda mais o frete.

“Essa é uma alternativa que vamos discutir à exaustão. Pois, a FICO é viável economicamente, vai alavancar o desenvolvimento no Araguaia e reduzir o custo do frete e do tempo no transporte. Além disso, não dependerá de recursos do governo porque pode ser feito por meio de PPP´s”, destaca o parlamentar.






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