Petróleo fecha no vermelho por renovado pessimismo sobre oferta

Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira em Nova York, em um mercado afetado pelo pessimismo sobre o alto nível de oferta, depois das últimas declarações da Arábia Saudita, líder da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O valor do barril do "light sweet crude" (WTI) para entrega em julho perdeu 84 centavos, a 59,61 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em Londres, o barril do Brent do Mar do Norte para entrega em agosto retrocedeu 1,24 dólar, a 63,02 dólares no Intercontinental Exchange (ICE).

"Os mercados petroleiros estão na defensiva e continuam pouco inclinados a assumir riscos (...) frente às preocupações com uma oferta ainda excessiva", resumiu Tim Evans, do Citi.

"Ali al-Naimi, o ministro saudita do Petróleo, concentrou de novo a atenção, na quinta-feira, no fato de que o excesso de oferta pode durar", destacou.

"Disse estar disposto a utilizar o montante de 1,5 a 2 milhões de barris diários (bpd) a mais que o reino ainda pode produzir, tão logo a demanda tenha aumentado o suficiente para absorver esses barris adicionais", completou Evans.

Principal ator da Opep, Riad manteve o teto de sua produção no início de junho em 30 mbd, depois de já ter contribuído significativamente para derrubar os preços no segundo semestre de 2014, ao não reduzir sua oferta.

Além das notícias especificamente relacionadas com o petróleo, "o mercado estava deprimido hoje pelas preocupações com a saga das negociações sobre a dívida grega, por temor de que não se chegue realmente a um acordo", considerou Phil Flynn, do Price Futures Group.

Depois de perderem mais de 1,5 dólar por barril na sessão em Nova York, os preços terminaram a semana em um nível similar ao da sexta-feira passada, pouco abaixo dos 60 dólares.