DNA confirma que mulher é a mãe de criança abandonada em lixeira De acordo com o delegado, o laudo clínico indicou que o parto ocorreu em ambiente doméstico e, provavelmente, sem auxílio de terceiros.
O delegado da Polícia Civil, Carlos Augusto do Prado Bock, concluiu o inquérito policial do abandono de uma menina recém-nascida, deixada em uma lixeira, na porta de uma casa na cidade de Rio Branco (356 km a Oeste), na madrugada do dia 22 de maio. O inquérito foi enviado ao Fórum da comarca, na sexta-feira (19.06), com indiciamento da mãe por abandono de incapaz majorado.
Exame de DNA do material genético confrontado com amostra de uma jovem de 20 anos confirmou que a mulher identificada nas investigações é a mãe biológica da criança. De acordo com o delegado, o laudo clínico indicou que o parto ocorreu em ambiente doméstico e, provavelmente, sem auxílio de terceiros. "Confere com a alegação em depoimento", ressaltou o delegado.
Pelos exames não foi possível identificar a presença de medicamentos abortivos e também a criança não apresentava lesão que demonstrasse o uso da substância.
Em depoimento, dias depois de ter abandonado a filha, a jovem contou ao delegado que não sabia da gravidez e que teve medo da reação de familiares e julgamentos no meio social.
A moça, que não teve a identidade revelada, contou que nunca teve filho e não notou os sinais da gravidez. Segundo ela, deu à luz à criança sozinha, no quarto da casa onde trabalha como cuidadora de idosos, no período noturno. Ela disse também que a criança nasceu, chorou e logo silenciou, dando a impressão que estava morta, e sem saber o que fazer, cortou o cordão umbilical e deixou o bebê na lixeira.
Após deixar o bebê, foi para sua casa e lá uma parente desconfiou e ela acabou revelando que tinha dado à luz. Mas diante da comoção na cidade foi para outra localidade, entrando em contato com a polícia por meio de advogado.
O bebê quando localizado foi encaminhado ao hospital municipal onde passou por cuidados médicos e agora está na Casa de Abrigo no município, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar. A criança chamada de Vitória Rita de Cassia ainda não teve o nome registrado em cartório.
"Segundo informações, o fórum local aguarda manifestação do Ministério Público para decidir pelo registro da criança e determinação da guarda em definitivo", finalizou o delegado Carlos Bock.
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