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Economia
Segunda - 22 de Junho de 2015 às 10:02

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As estimativas do mercado financeiro para a inflação e para o nível da atividade brasileira neste ano voltaram a piorar, segundo pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira (22).


Segundo a autoridade monetária, a previsão dos economistas dos bancos para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do pais, subiu de 8,79% para 8,97%. Foi a décima semana seguida de elevação deste indicador. Para 2016, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu estável em 5,5%.

O novo aumento na estimativa do mercado para a inflação deste ano acontece após a divulgação do IPCA de maio. Neste mês, o IBGE informou que a inflação somou 0,74% em maio, maior taxa para o mês desde 2008, e que acumula 5,34% nos cinco primeiros meses deste ano e 8,47% nos últimos doze meses – a maior taxa para esta comparação desde dezembro de 2003.

Se confirmada a estimativa do mercado financeiro para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação financeira em maio, está em 8,26%.

Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

Produto Interno Bruto

Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,45%. Foi a quinta queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,35%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.





Fonte: G1

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