Câncer nos pulmões: novas terapias à vista
As terapias voltadas para o câncer de pulmão estão entre as que mais avançaram nos últimos cinco anos. Isso porque foi possível identificar alterações moleculares relacionadas a ele e, com isso, desenvolver terapias específicas para estas mutações. Pesquisas para combater este tipo de câncer tiveram enorme destaque durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado este mês em Chicago. Laboratórios como Bristol-Myers Squibb, Merck e Novartis apresentaram dados de estudos clínicos de terapias para inibir o tumor. O foco das atenções ficou por conta da classe de drogas de imunoterapia conhecidas como inibidores de PD-1, que chegou a reduzir o risco de mortalidade em cerca de 60%. Entre eles, estão o nivolumabe e o ipilimumabe, que já tinham resultados positivos para melanoma e estão se mostrando eficientes também para alguns tipos de câncer de pulmão, sobretudo quando combinados.
— Os últimos anos mudaram a história da doença. As estratégias são muitas — comemora Carlos Gil. — A discussão que precisamos ter é sobre o custo alto destas terapias (que superam os US$ 100 mil).
Enquanto isto, Gil e Luciana Holtz cobram mais agilidade para a chegada destas terapias mais avançadas ao Brasil.— Os dois últimos medicamentos de terapia-alvo para o câncer de pulmão já foram incorporados, mas ainda não estão disponíveis — diz Luciana, citando o caso do erlotinibe e gefinitibe.
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