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Sexta - 14 de Setembro de 2012 às 10:55
Por: Nayara Araújo/Laura Nabuco

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    Instaurada em 14 de março e com previsão de conclusão num prazo de 120 dias, a CPI da Cemat, na Câmara de Cuiabá, não tem data para terminar. Segundo o vereador Paulo Borges (PSDB), membro da comissão, o grupo deve se reunir na próxima segunda (17) para avaliar resultados ainda parciais da dívida de R$ 120 milhões que a Sanecap tem com a concessionária. A suspeita é que o débito foi superfaturado.

 

   Borges afirma que, após a análise desses dados, será necessário pouco tempo de trabalho para concluir as investigações. "Isso se não for preciso fazer uma oitiva", pondera. O tucano justifica a demora dizendo que o grupo não teve como avançar na apuração dos fatos porque não tinha acesso aos relatórios da Cemat. A documentação foi requerida à concessionária por um ofício encaminhado em 19 de março e só chegou às mãos dos parlamentares recentemente.

   O pedido foi feito pelo presidente da CPI, Everton Pop (PSD). À época, ele oficiou não só a Cemat, mas a própria Sanecap. Ele alevaga que os membros da comissão encontravam dificuldades para encontrar os documentos porque as unidades consumidoras estavam identificadas por números e não pelos endereços. Além disso, a quantidade de medidores de energia é grande, são 150 instalados em ETAS, ETES e salas comerciais espalhadas pela Capital. “Estávamos limitados a este relatório. São informações técnicas, que vão desde o número à quantidade de unidades consumidoras”, explica Borges.

   O requerimento que deu origem à CPI foi apresentado pelo presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB). Ele contestava o valor do juros cobrado pela Cemat sobre as contas atrasadas da Sanecap. O petebista afirmava que, em 2007, o valor era de R$ 68 milhões e, em 2012, havia saltado para R$ 119 milhões, montante que considerava desproporcional, já que a prefeitura havia pago pelo menos R$ 9 milhões neste período e mantido as contas mensais subsequentes em dia.

   O débito da Sanecap com a Rede Cemat foi uma das justificativas que a Prefeitura da Capital utilizou para conceder os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto à iniciativa privada. Hoje o trabalho é feito pela Cab Cuiabá.





Fonte: RDNEWS

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