Silvano Amaral e senador Wellington cobram celeridade da Aneel
O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) e o senador Wellington Fagundes (PR) estiveram na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, a fim de resolver o impasse sobre os assentamentos de Mato Grosso, especificamente os que estão localizados na região Norte e Noroeste do Estado. A falta de energia elétrica tem sido o maior problema para quem deseja produzir. Vale ressaltar, que há seis anos a então Rede Cemat fez um levantamento na região que indicou os pontos de distribuição da energia, porém nada saiu do papel até agora.
As linhas mestres de distribuição já foram instaladas, faltando, porém, as ligações das vicinais. No assentamento P.A Nova Cotriguaçu, por exemplo, existem 1.500 residências/famílias, mas apenas 400 delas possuem energia elétrica. O que significa que pelo menos 70% das famílias assentadas ainda aguardam o benefício. Segundo o diretor do Programa Luz para Todas, da Aneel, José Jurhosa Júnior, hoje, a dificuldade em liberar a ordem de serviço para ligação das vicinais se esbarra na falta de recursos para atender a demanda.
O argumento de Jurhosa é com base no corte orçamentário que o Ministério de Minas e Energia sofreu este ano. O orçamento para 2015 previa um aporte de R$ 1,8 bilhões, que foi reduzido para quase R$ 700 milhões, motivo, que segundo o diretor, paralisou todos os serviços previstos no cronograma de execução deste ano.
Diante disso, o deputado Silvano Amaral sugeriu uma reunião em Cuiabá, com representantes do Ministério de Minas e Energia, Aneel e Energisa, com intuito de encontrar uma solução que atenda a demanda da região. “O país está em crise, mas se trabalha com planejamento. Não é possível, que em pleno século XXI a distribuição de energia será empurrada com a barriga. Acreditamos no Luz para todos e esperamos que o programa faça jus ao nome que recebeu”, enfatizou Amaral.
Cerca de 40 ligações estão previstas para serem feitas na região. A previsão é atender 5 mil ainda este ano, de um total de 40 mil ligações que ainda faltam em todo o estado. A expectativa do Programa é garantir a universalização da energia até 2021. Em relação a Mato Grosso, a previsão é de que até 2017, ou seja, nos próximos dois anos a energia atenda todos os assentamentos mato-grossenses.
O senador republicano garantiu apoio ao deputado Silvano, garantindo que vai acompanhar o caso de perto. Segundo Wellington, a discussão envolve todos os assentamentos do estado. “Entendo a preocupação do deputado Silvano com a sua região e apoio. Essa preocupação é nossa também. Tem que cobrar e fiscalizar sempre”, observou.
AGRICULTURA FAMILIAR COMPROMETIDA – Cotriguaçu é um dos municípios da região Noroeste que paga um preço muito alto pela falta de energia elétrica. Conforme o vereador, José Carlos Batista, o Carlinhos, uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos assentamentos de Cotriguaçu é a falta de energia elétrica. Com forte tendência à produção leiteira, Carlinhos reclama que os pequenos produtores cumulam prejuízos com a perda do leite que, “é impossível armazenar”, já que para isso é necessário a instalação de resfriadores.
“Cotriguaçu vive em estado de calamidade pública. A zona rural não tem energia elétrica suficiente e uma parte da cidade também sofre com o mesmo problema”, acusou o vereador.
O ex-senador e deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que já acompanha o caso de Cotriguaçu, garantiu apoio ao município. Bezerra informou que agendará uma audiência com o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa para discutir o orçamento do Ministério de Minas e Energia. Outra reunião também deve ser agendada na Energia para tratar do recurso previsto para Mato Grosso.
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