Estado Islâmico proíbe mulheres de sair às ruas em província afegã
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) advertiu as mulheres de uma província do leste do Afeganistão que permaneçam em suas casas e que saiam à rua somente por motivos previstos pela sharia ou lei islâmica e sempre com véu e acompanhadas por um homem.
As advertências ocorrem desde sábado (20) em mesquitas e com folhetos repartidos entre a população em vários distritos da província oriental de Nangarhar, disse nesta quinta-feira (25) à Agência Efe um membro do Conselho Provincial, Obaidullah Shinwari, que afirmou que este novo grupo é mais violento que os talibãs.
Os insurgentes também avisaram os líderes tribais que não realizem reuniões dos tradicionais conselhos e dirijam os casos legais a cortes do EI, indicou Shinwari. Os extremistas também ordenaram a construção de mesquitas nos povos onde não há e que as pessoas rezem junta nos templos religiosos ao invés de suas casas.
"Estas advertências são para fortalecer sua influência, não para promover o islã. É uma ferramenta para criar medo entre as massas", disse à Agência Efe outro membro do Conselho Provincial, Zabihullah Zamarai. "O grupo está ganhando mais influência. Agora está ficando mais violento e inclusive começou a decapitar pessoas", afirmou o político.
Nas últimas semanas, o EI e os talibãs mantiveram enfrentamentos em Nangarhar e outras zonas do Afeganistão. Os talibãs afegãos advertiram em meados de junho ao autoproclamado califa do grupo insurgente Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, que a atual luta "contra América e seus títeres" no Afeganistão deve ser realizada só sob a bandeira talibã e ameaçou fazer represálias por sua presença no país.
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