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Internacional
Sexta - 26 de Junho de 2015 às 21:15

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Ao menos 120 civis morreram por ações do grupo Estado Islâmico (EI) nas últimas 24 horas, desde que os jihadistas conseguiram invadir a localidade de Kobane, informou nesta sexta-feira (26) o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).


"Segundo fontes médicas e habitantes de Kobane, 120 civis foram executados pelo EI em seus lares ou morreram por ataques de foguetes e franco-atiradores", declarou o diretor da organização Rami Abdel Rahman.

A este balanço se somam 26 civis executados na quinta-feira em um povoado perto de Kobane, segundo o OSDH, que dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.

"Quando entraram na cidade, os jihadistas tomaram posições nos edifícios nas entradas sudeste e sudoeste e dispararam contra qualquer coisa que se movesse. Entraram na cidade com a intenção de matar", disse Abdel Rahman.

"Há corpos de civis, incluindo mulheres e crianças, que foram encontrados nas casas, muitos outros nas ruas", disse.

"Os jihadistas sabem que não podem ficar e controlar a cidade diante das numerosas forças curdas. Vieram apenas para matar e atingir a moral dos curdos", acrescentou.

Um militante curdo, Arin Sheikhmos, acusou o EI de ter lançado um massacre, afirmando que "cada família de Kobane perdeu um de seus membros na quinta-feira".

O grupo EI havia lançado na quinta-feira um ataque surpresa com três atentados suicidas em Kobane, onde foi expulso em janeiro, em seu primeiro revés desde o início de sua expansão pela Síria.

Segundo os analistas, este ataque pode ser encarado como uma vingança por parte dos jihadistas, que registraram uma série de derrotas nos últimos dias causadas pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) no norte da Síria.

'Vieram para matar'
"Quando entraram na cidade, os jihadistas tomaram posições nos edifícios nas entradas sudeste e sudoeste e dispararam contra qualquer coisa que se movesse. Entraram na cidade com a intenção de matar", disse Abdel Rahman.

"Há corpos de civis, incluindo mulheres e crianças, que foram encontrados nas casas, muitos outros nas ruas", disse.

"Os jihadistas sabem que não podem ficar e controlar a cidade diante de numerosas forças curdas. Vieram apenas para matar e atingir a moral dos curdos", acrescentou.

Um militante curdo, Arin Sheikhmos, também acusou o EI de ter lançado um massacre, e afirmou que "cada família de Kobane perdeu um de seus membros na quinta-feira".

Segundo o OSDH, centenas de civis abandonaram a cidade após o ataque do EI, um grupo acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, e que também ocupa parte do território do vizinho Iraque.

As forças de defesa curdas (YPG) proibiram os habitantes de sair às ruas devido à presença de franco-atiradores emboscados do EI, segundo Abdel Rahman.

Em janeiro, com a ajuda de bombardeios aéreos realizados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, as YPG expulsaram o grupo Estado Islâmico de Kobane após quatro meses de combates.

Por sua vez, segundo o Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA), os confrontos entre o grupo EI e as tropas governamentais sírias na cidade de Hasakeh (nordeste) provocaram o deslocamento de 60.000 pessoas. Antes da guerra, Hasakeh tinha uma população de 300.000 pessoas.





Fonte: France Presse

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