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Sexta - 26 de Junho de 2015 às 22:24

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A Câmara de Cuiabá aprovou em segunda votação, nesta quinta-feira (25), o projeto de lei que transforma o feriado do Dia do Evangélico em ponto facultativo. A aprovação se deu por 14 votos favoráveis, sete contrários e quatro ausentes. Com isso, o feriado passa a não ser mais obrigatório.

Apesar da falta de consenso entre os parlamentares, o presidente da Casa de Leis, vereador Júlio Pinheiro (PT), afirma que esta medida visa beneficiar tanto a classe evangélica quanto os comerciantes da Capital.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Julio Pinheiro/Câmara Municipal/vereador

Para o vereador Júlio Pinheiro, presidente da Câmara, ponto facultativo no Dia do Evangélico é um 'meio-termo' entre comerciantes e religiosos

Na sessão da última quarta-feira (24), outra proposta também foi colocada em pauta para apreciação dos vereadores. Trata-se a alteração da data estipulada para o feriado de 31 de agosto para a última segunda-feira do mesmo mês. Quem apresentou a propositura foi o vereador Marcrean Santos (PRTB), autor do projeto que criou o Dia do Evangélico. A mensagem não foi aprovada.

“Eu fiz uma emenda e apresentei na Câmara a pedido da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), para ter um consenso. Porém, isso não aconteceu porque a CDL entrou em questionamento com a lei e disse que mais um feriado traria prejuízo para Capital”, falou.

Conforme Macrean, os vereadores e muito menos a Câmara Municipal tem poder para criar feriados. Segundo ele, sua intenção era apenas ocupar um dos dias que o Governo Federal institui como feriado municipal e dedicá-lo aos evangélicos.

“O Governo Federal é que institui quatro feriados no município. E aqui em Cuiabá só tinha três sendo: Corpus Christi, Imaculada da Conceição e Paixão de Cristo. E eu apenas materializei o Dia do Evangélico. O que me traz estranheza é que o projeto ficou por seis meses na Câmara e, de uma hora para outra, quem votou a favor se posiciona contra. Porque que a CDL então não pediu para os vereadores colocarem todos os outros feriados com ponto facultativo?”, desabafou.

Secom CâmaraCbá - Otmar de Oliveira

Marcrean Santos

Marcrean Santos, autor do projeto que criou o Dia do Evangélico

Por conta de alguns vereadores que haviam aprovado o projeto e depois se posicionaram contra, houve rumores na Câmara de que o vereador Macrean havia chamado na tribuna os parlamentares de covardes, sem citar nomes. Contudo, ele nega.

“Isso é boato eu não pronunciei nada disso, nem uma sequer vez”, defendeu-se o vereador.

No entanto, fontes do HiperNotícias informam que o parlamentar chamou em Plenário - por duas vezes - todos os vereadores que votaram contrário ao primeiro voto de 'covardes'. Conforme a assessoria da Câmara, o vereador só pode ser acionado pela Comissão de Ética se algum parlamentar se sentir ofendido.

DIA DO EVANGÉLICO

O Dia do Evangélico já havia sido aprovado por maioria absoluta na Casa de Leis, contudo, o prefeito Mauro Mendes (PSB) vetou parcialmente a proposta. O socialista barrou apenas o fato de o dia virar feriado na Capital.

Os vereadores, por sua vez, derrubaram o veto parcial e o presidente Julio Pinheiro (PTB) promulgou o projeto de lei, que foi publicado no Diário Oficial do último dia 09. O fato mobilizou os comerciantes da Capital, que se viram prejudicados com mais um feriado no calendário municipal. Desta forma, representantes da CDL procuraram a Casa de Leis para tentar chegar a um acordo quanto ao tema.

Diante disso, o Parlamento também buscou ouvir representantes da classe evangélica. Enquanto os comerciantes queriam evitar um novo feriado, os evangélicos lutavam para garantir o benefício que conquistado.





Fonte: Hiper Noticias

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