Família de frentista vai às ruas contra a violência no trânsito Janaína Rodrigues morreu após ser atingida por carro em alta velocidade, em Cuiabá

O atropelamento ocorreu no domingo (21). Janaína estava em uma motocicleta Honda Biz, a caminho do trabalho, quando um veículo Prisma, em alta velocidade, invadiu a pista contrária e atingiu a moto.

Com o impacto, a mulher foi arremessada a 28 metros de distância, segundo a Polícia, e morreu na hora. Ela deixou o marido e um filho de 3 anos.

O motorista do veículo, Kennedy Max Velho, de 33 anos, vai responder pelo crime em liberdade. Ele foi levado para a 2ª Delegacia do Carumbé e liberado após pagar uma fiança no valor de dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1,5 mil.

O amigo dele, Aysson Guedes Zoli Delazari, de 26 anos, que também estava no carro e chegou a dizer que era o motorista (situação posteriormente desmentida), foi autuado em um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), documento usado em crime considerado de menor potencial ofensivo.

A Polícia informou que os dois foram submetidos ao teste de alcoolemia, que indicaram a presença de índices de 0,30mg/L, no condutor, e de 0,11 mg/L, no passageiro.

Pelas regras da Lei Seca, é ato criminal dirigir com índice de álcool no sangue superior a 0,34 miligramas por litro de ar expelido ou seis decigramas por litro de sangue.

Reprodução/TVCA

Kennedy Velho (à esquerda) e Alysson Guedes Zoli Delazari (à direita)

No entanto, o teste só foi feito 5 horas depois do acidente, pois os bafômetros da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) passavam por uma manutenção.

Conforme a Polícia Civil, o processo do caso deve ser encerrado em um prazo de 30 dias.

Ao final, Kennedy poderá responder por homicídio culposo - quando não há intenção de matar.

Revolta

A irmã da vítima, Joanice Benhuquer, pediu justiça. Em sua página na rede social Facebook, ela pediu o fim da imprudência no trânsito para que outras famílias não sofram e não passem pelo o que a sua família está enfrentando.

“Hoje, pode ser minha família que chora. Mas amanhã pode ser você que do mesmo jeito. A sua imprudência pode tirar o que você nós tirou uma vida. Peço que Deus que conforme o nosso coração, pois a nossa alma está em desespero. A Justiça não pode ser cega pelo seus erros você tirou uma amiga irmã mãe e filha nunca vamos te esquecer você está brilhando em nosso céu obrigado por ser minha irmã pequena”, disse.

Em outra postagem, Joanice relatou que a família não recebeu nenhuma ajuda ou ato de solidariedade por parte dos envolvidos no acidente.

“É já deixo bem claro que ninguém da família dele veio até nós prazer alguma ajudar ou os sinceros sentimentos de culpa pelos erros. Minha irmã se foi deixado um filho de três aninho e uma família que ama e vai Lutar por Ela. Hoje minha família chora e amanhã pode ser outra família”, afirmou.