Mulher de Beira-Mar burla benefício e Justiça determina volta ao regime fechado
O juiz Eduardo Oberg, titular da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou a regressão do regime semiaberto, com a concessão do benefício do trabalho extra-muros, para o regime fechado de Jacqueline Alcântara de Moraes. De acordo com a decisão do magistrado, na noite desta terça-feira, a mulher do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, cometeu uma falta "gravíssima". Segundo apurou a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, responsável pela fiscalização das unidades prisionais do Rio, Jacqueline ficava em casa, em Jacarepaguá, enquanto deveria estar trabalhando.
Jacqueline está presa desde 2007 e cumpre pena por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Oberg determinou ainda que ela fique em uma cela individual para "sua melhor segurança" e também por "sanção disciplinar". O juiz ainda requereu que seja instaurado um procedimento disciplinar na Coordenação das Unidades Prisionais do Grande Rio e Isoladas, "sempre para garantia do contraditório e ampla defesa".
O magistrado explica, em seu descpacho, que a medida tende a "garantir a ordem pública, a disciplina e o combate ao crime organizado". Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Jacqueline estava até então no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica. Na unidade, tinha o direito de sair de manhã para trabalhar e retornar no final do dia. A Seap informou ainda que, com a cassação do benefício, a mulher de Baira-Mar será transferida para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Prisão
Esposa oficial de Beira-Mar, Jaqueline foi presa em casa, na Zona Oeste do Rio, com US$ 200 mil, em novembro de 2007. O casamento de Beira-Mar com Jacqueline foi realizado no final daquele ano sob forte esquema de segurança. Ele namorava com Jaqueline, que é advogada, havia 15 anos, e com que têm três filhos. Ela foi acusada, na época, de comandar os negócios do marido e lavar o dinheiro da quadrilha.
Foto: Foto: Luís Alvarenga
Jacqueline, ao ser levada para o presídio
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