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Internacional
Sexta - 03 de Julho de 2015 às 10:38

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A Grécia está dividida em relação ao que vai votar no referendo deste domingo sobre as medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais em troca de ajuda financeira. Duas pesquisas divulgadas nesta sexta-feira mostram a proximidade dos números tanto de quem vai votar no “sim” quanto no “não”.

Uma sondagem realizada pela Bloomberg News mostra empate técnico, com 43% pretendendo dizer “não” aos termos exigidos por Fundo Monetário Internacional (FMI), banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE). Outros 42,5% devem dizer “sim” às condições, segundo o levantamento feito com 1.042 pessoas pelo Instituto de Pesquisa de Estudos Econômicos e Sociais Aplicados da Universidade da Macedônia. Um total de 14,5% não sabem como votarão ou não responderam. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.

O apoio ao “não” tem caído desde sábado, quando 52% disseram que votariam nessa opção, segundo a pesquisa da Bloomberg. Já o “sim” ganhou espaço após o fechamento dos bancos na segunda-feira, Até então, apenas 26,5% votariam a favor de mais austeridade.
A opção “sim” no referendo grego, ou seja, a aceitação das condições dos credores, superou levemente o “não”, apoiado pelo governo, com 44,8% das preferências contra a 43,4%, segundo uma outra pesquisa, publicada nesta sexta-feira pelo jornal “Ethnos”. O levantamento, realizado pelo Instituto Alco entre 30 de junho e 1º julho, depois da instauração do controle de capitais na Grécia, mostra que 11,8% das pessoas entrevistadas continuam indecisas, a poucos dias da votação.

A pesquisa também revelou que 74% dos consultados desejam permanecer com o euro contra 15% que querem uma moeda nacional. Já 11% estão indecisos.

A constitucionalidade da votação, no entanto, será avaliada nesta sexta-feira pela Justiça da Grécia. Dois indivíduos entraram com uma ação contra a realização do referendo.

Uma vitória do “sim”, defendida pelos credores internacionais e pelos partidos de oposição ao premier Alexis Tsipras, pode levar a uma renúncia do governo e à continuação da ajuda. O ministro de Finanças, Yanis Varoufakis, já anunciou que renunciará ao cargo se o “não” perder a disputa.





Fonte: O Globo

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