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Nacional
Sexta - 03 de Julho de 2015 às 10:46

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Novos achados fósseis foram apresentados nesta quinta-feira (2) pelo Complexo Cultural e Científico de Peirópolis (CCCP), pertencente à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Dentre as amostras, estão costelas, vértebras, tíbias e fósseis da cintura escapular de dinossauros, todas ainda inseridas nas rochas originais localizadas em Uberaba.


As primeiras descobertas ocorreram em dezembro de 2014, durante escavações para a construção de um novo conjunto de edifício no Bairro São Bento. Um dos fósseis encontrados media mais de 50 centímetros e se tratava de um fragmento de fêmur atribuído a um Titanosauria, espécie de dinossauro herbívoro.

Diante da possibilidade de novas descobertas no local, o CCCP mobilizou uma equipe de técnicos para iniciar um programa de monitoramento com o objetivo de resguardar a integridade do patrimônio paleontológico do local. A iniciativa teve o apoio da empresa responsável pelas obras.

De acordo com o geólogo do CCCP/UFTM, Luiz Carlos Ribeiro, na primeira quinzena de abril, novas descobertas começaram a aparecer. No entanto, em razão das chuvas, os trabalhos tiveram de ser paralisados e só foram retomadas no dia 22 de junho.

“Estes achados têm um grande valor científico, pois associam-se à Formação Uberaba, unidade geológica pouco prospectada paleontologicamente até o momento, o que abre novas oportunidades para se conhecer grupos de animais distintos dos que vem sendo descobertos desde 1945. Assim, há uma possibilidade de que os fósseis já descobertos, somados aos que ainda podem aparecer, sejam suficientes para descrição de um novo grupo de dinossauro”, disse Ribeiro.

Ainda de acordo com o geólogo, o programa de monitoramento e salvamento paleontológico ocorreu em harmonia como o desenvolvimento das obras, e não houve paralisações e atrasos nas atividades.

Zoneamento paleontológico
Além dos fósseis, foram apresentadas as medidas adotadas pela Secretária Municipal de Meio Ambiente seguindo as recomendações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Ministério Público Federal (MPF). O Município analisa a proposta de implementação de um ‘Zoneamento Paleontológico’.

Segundo o MPMG e MPF, o município deve providenciar guia mostrando as áreas com diversos graus de interesse paleontológico. O mapa servirá para orientar a ocupação e desenvolvimento em especial das obras que escavarão solos e rochas dentro do município.





Fonte: G1

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