Justiça manda bloquear bens de ex-juiz, acusado de lavagem de dinheiro em MT
O ex-juiz federal e advogado Julier Sebastião e o empresários Osvaldo Alves Cabral tiveram alguns bens sequestrados pela Justiça de Mato Grosso. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (02), pelo juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso.
De acordo com as informações, os suspeitos são investigados por suspeitas de participação em lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa. Além disso já foram alvo de mandados de busca e apreensão ainda no final de 2013. O caso teve origem na Operação Ararath.
O juiz ainda negou um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) de decretar indisponibilidade dos bens móveis dos investigados, como joias, veículos, dinheiro em conta bancária e outros. Ainda no mês passado, Julier e Osvaldo tiveram um pedido negado pelo magistrado Schneider.
Em um documento, a dupla pediu que fossem absolvidos de uma ação por falta de previsão legal. O caso foi protocolado pelo MPF ainda em janeiro.
No processo do MPF o ex-juiz é apontado como o responsável por beneficiar empresas do ramo de construção civil para conseguir contratos com o Governo do Estado. Em contrapartida ele recebia uma suposta “mesada”, para determinar sentenças a um grupo de empresas liderada pelo empresário Osvaldo.
O valor era usado por Julier para custear as despesas legadas ao projeto pessoal e político. O documento ainda aponta que a ligação entre os dois é além de amizade. O tal empresário era o responsável pela articulação política de Julier. Esse tinha a regalia de usar veículos de luxo e ganhava dinheiro mensalmente para deferir sentenças à favor do grupo de empresas. Os chamados “favores judiciais”.
O empresário pagou cerca de R$ 57 mil, das despesas do ex-juiz ligadas ao ingresso na vida política. No entanto, todas as acusações são negadas por Julier. Ele inclusive disse estar surpreso com o caso. O ex-juiz é um dos nomes cotados para disputar a prefeitura de Cuiabá, no próximo ano.
Comentários