TJ nega HC e mantém prisão de ex-secretário da Assembleia
O desembargador Gilberto Giraldelli negou pedido de habeas corpus ao ex-secretário geral da Assembleia Legislativa, Luiz Márcio Bastos Pommot. Ele foi detido na última quarta-feira, quando o Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a “Operação Ventríloquo”.
Na operação, ainda foi preso o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), solto na tarde de ontem por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia, a decisão favorável a Riva não se estendeu a Pommot.
Os detalhes da decisão do magistrado não foram revelados porque o processo corre em segredo de Justiça.
As investigações que desencadearam a “Operação Ventríloquo” apontam para o desvio de cerca de R$ 10 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Além de Riva e Pommot, a juíza da 7ª Vara Criminal, Sema Rosane de Arruda, decretou a prisão do advogado Júlio César Domingues Rodrigues, que se encontra foragido.
Apesar do Gaeco não revelar a participação de Pommot no esquema, ele teria envolvimento direto com o crime. Inclusive, o nome da operação tem a ver com uma prática adotada pelo ex-secretário geral do legislativo matogrossense.
Segundo promotores, já temendo grampos ou gravações ambientes, Márcio não falava nada ao telefone celular nem pessoalmente com desconhecidos. Quando precisava repassar alguma informação pessoalmente a alguém, Márcio utiliza a estratégia de escrever um bilhete em frente a pessoa que eram rasgados logo em seguida para não deixar pistas.
Aliás, o dicionário explica que ventríloquo é "é a pessoa que projeta a voz, sem que abrir a boca ou mover os lábios, de maneira que o som pareça vir doutra fonte diferente da dele.
Comentários