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Economia
Quinta - 09 de Julho de 2015 às 09:18

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A taxa de desemprego no país foi de 8,1% no trimestre encerrado em maio, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que apresenta dados para todos os estados brasileiros, e foi divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. A taxa é a maior da série histórica, iniciada em 2012. Em igual período do ano passado, a taxa foi de 7%. Nos três meses terminados em abril, a taxa havia sido de 8%, igualando-se à do primeiro trimestre de 2013, até então a mais alta da série.

Entre março e maio, o rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 1.863. O valor é considerado estável frente ao registrado em igual período do ano passado (R$ 1.870) e na comparação com o trimestre entre dezembro e fevereiro (R$ 1.877). Ainda no trimestre entre março e maio, a massa de rendimento — ou seja, a soma dos valores recebidos pelos trabalhadores — ficou em R$ 166,1 bilhões, também sem apresentar variação estatisticamente significativa frente a outros períodos.

Entre março e maio, o IBGE calculou que há 8,2 milhões de brasileiros desocupados — ou seja, pessoas que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem encontrar vagas. Esse número representa um acréscimo de 1,3 milhão de pessoas sem emprego, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o grupo somava 68 milhões de pessoas. Percentualmente, o avanço do número de desocupados foi de 18,7%.

TOTAL DE PESSOAS QUE BUSCAM EMPREGO CRESCEU EM 1,6 MILHÃO

Ainda no trimestre encerrado em maio, o número de pessoas em busca de emprego aumentou para 100,3 milhões de pessoas, alta de 1,6% frente ao mesmo período do ano passado — o que representa um acréscimo de 1,6 milhão de pessoas. No mesmo período, a quantidade de brasileiros fora da força de trabalho — aqueles que não estão empregados nem à procura de emprego — também aumentou: passou de 62,8 milhões para 63,7 milhões, alta de 1,4% (ou 864 mil pessoas a mais).

Isso significa que o aumento do número de pessoas que passaram a procurar emprego foi superior à alta do grupo que ajuda a aliviar a pressão do mercado de trabalho. O aumento da taxa de desocupação mostra que parte dos que passaram a procurar vagas não encontrou trabalho.

Já o número de pessoas ocupadas ficou em 92,1 milhões, sem apresentar variação na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, ou frente ao trimestre entre dezembro e fevereiro.

Os dados da Pnad Contínua são calculados mensalmente com informações coletadas no trimestre encerrado no mês de referência. Para as informações de maio, foram contabilizados dados de março, abril e maio.

Já a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) — divulgada no fim de junho pelo IBGE e que inclui apenas dados de seis regiões metropolitanas (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre) — mostrou que a taxa de desemprego ficou em 6,7% em maio. Foi a maior para o mês desde 2010, quando ficou em 7,5%. Considerando toda a série histórica, que teve início em março de 2002, a taxa de desemprego de maio foi a maior desde agosto de 2010, quando também foi de 6,7%. Ainda segundo a PME de maio, o rendimento médio acumulou queda em um ano de 5%, já descontando a inflação: em maio do ano passado o valor era de R$ 2.229,28. Em maio deste ano, R$ 2.117,10.





Fonte: O Globo

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