Rodoviários trocam socos, pontapés e pauladas em posto
Um grupo de ex-rodoviários e supostos sindicalistas do transporte público de Manaus entraram em confronto na manhã desta sexta-feira (10). O tumulto ocorreu em um posto de gasolina situado na Bola do Coroado, entre as zonas Sul e Leste da capital. O grupo pede a saída da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e denuncia suposta perseguição. Durante o ato, houve agressão física entre os envolvidos. Ao menos dez pessoas ficaram feridas.
Imagens registradas pela Rede Amazônica mostram o momento em que um homem atinge um carro de som com um pedaço de madeira. Em seguida, outros envolvidos tentam agredir uma pessoa em cima do veículo, que deixa o local para fugir da confusão. A sequência de violência prossegue quando o grupo rende um homem. A vítima é ferida a pauladas.
A polícia foi acionada. No entanto, os envolvidos nas agressões fugiram do local
Um grupo de trabalhadores organizava um protesto contra a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários quando a pancadaria teve início. O ato intitulado "Movimento pela ética e transparência nos transportes rodoviários" reunia ex-funcionários que reivindicavam a saída da diretoria da entidade.
"Eles querem ficar no poder. Eles vieram aqui sem serem chamados. Isso é uma vergonha. Bateram em todo mundo", disse uma manifestante não identificada.
O ex-motorista de ônibus José Azimar, 38 anos, disse que as demissões ocorreram após perseguição do Sindicato.
"[Eles] Me perseguiram, fizeram a empresa me dar justa causa. Isso tá acontecendo há muito tempo e ninguém faz nada. A Diretoria do Sindicato chegou batendo na gente. Eles não querem que ninguém faça nada contra eles. A gente tem que fazer algo para tirar essa diretoria. Ela não tá mais do nosso lado", declarou Azimar, que foi demitido há mais de um ano e diz que agora encontra dificuldades para arrumar novo emprego como motorista.
"A gente não pode reivindicar os direitos. Se eles fossem pessoas direitas, eles não faziam isso. [A agressão] Foi uma palhaçada, uma falta de respeito com o ser humano. Meu marido está até hoje sem emprego. Era cobrador. Provavelmente tem boicote do sindicato", acusou Cleia Bezerra, 28, que participava do protesto para dar apoio ao esposo, demitido há 10 anos.
O ex-cobrador Wilden da Silva, de 52 anos, disse que essa não é a primeira agressão sofrida por ele. "Foi em 2012, na CMM. Esse mesmo grupo me bateu. São sustentados pelos irmãos Oliveira. [Na época] Passei o dia desmaiado. São violentos. As pancadas que me deram deixaram sequelas. Tomo remédio hoje em dia", relatou.
OG1tentou contato com Givancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários, mas as ligações não foram atendidas.
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