Assentados querem regularização fundiária para receber indenizações da UHE de Sinop

Buscando a regularização das áreas atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica Sinop (UHE), os assentados da Gleba Mercedes 5 reunirá com os representantes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na tarde desta terça-feira (14).

A preocupação dos moradores é quanto ao recebimento das indenizações por parte da concessionária que constrói a usina. Sem a devida regularização a empresa não poderá efetuar o pagamento. A área existe há 18 anos.

Na reunião ainda deverá ser discutido outros pontos, como o remanejamento dos atingidos, identificando quem deverá deixar a área e quem deverá permanecer. Além disso, os que tiveram 60% da área encoberta pela água deverão ser reassentados.

O líder do Movimento dos Atingidos pelas Barragens, Rozivaldo Barros de Souza, questiona que até o presente momento nenhum morador daquele assentamento tem a garantia de que receberá todos os benefícios, devido a falta da escritura.

O encontro será realizado na Câmara de Vereadores e deve contar com a intermediação da procuradora Flávia Torres, do Ministério Público Federal (MPF), representantes da Companhia Energética Sinop (CES), Concessionária da Usina e vereadores. Além disso, os assentados o Keno e 12 de Outubro, em Cláudia, deverão acompanhar a discussão.

Usina

As obras estão em andamento e a expectativa é que a usina entre em funcionamento já no dia primeiro de janeiro de 2018. O investimento está estimado em R$ 1,7 bilhão. Depois de pronta, o empreendimento terá a capacidade de gerar 400 megawatt, o que equivale a um milhão de geladeiras funcionando ao mesmo tempo.

O preço médio da energia a ser gerada está e R$ 109,40 por megawatt/hora.