Iranianos saem às ruas para comemorar acordo nuclear
Poucas horas depois que o Irã e as grandes potências ocidentais anunciaram que chegaram a um acordo para limitar o programa nuclear iraniano, os iranianos desceram às ruas de Teerã para comemorar o acordo, segundo constatou um jornalista da agência France Presse no local.
Centenas de pessoas começaram a se reunir na maior avenida de Teerã, Valiye Asr, buzinando seus veículos, pouco após a quebra do jejum do Ramadã, o mês sagrado do Islã.
O acordo anunciado na manhã desta terça em Viena, na Áustria, tem como objetivo evitar que o Irãobtenha uma arma nuclear e garantir que o programa nuclear seja usado apenas para fins pacíficos. Em troca, serão retiradas as sanções internacionais contra o país.
Os chefes da diplomacia do Irã, do grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha) e da União Europeia negociavam há 17 dias no palácio de Coburg da capital austríaca.
O acordo foi celebrado principalmente pelo presidente americano, Barack Obama, e iraniano, Hassan Rohani. Mas apesar dos avanços, ele não encerra a controvérsia sobre uma das questões diplomáticas mais críticas no momento: a União Europeia o definiu como um "sinal de esperança para o mundo inteiro", enquanto o governo de Israel o chamou de "rendição histórica".
O acordo foi considerado um momento histórico pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, o chanceler iraniano, Mohammed Javad Zarif, e outros líderes. Já o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o acordo nuclear do Irã é um “erro de proporções históricas”.
"O Irã terá um caminho livre para desenvolver armas nucleares e muitas das restrições que o impediam serão suspensas. Esse é o resultado quando se deseja um acordo a todo custo", disse Netanyahu através de comunicado divulgado antes do início de uma reunião com o ministro de Relações Exteriores da Holanda, Bert Koenders.
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