Walace diz que remédios vencidos não foram comprados na sua gestão
O prefeito cassado de Várzea Grande Walace Guimarães (PMDB) quebrou o silêncio e voltou à cena para se defender das acusações de ter deixado vencer mais de 400 mil medicamentos. O peemedebista garante que pelo menos metade dos remédios foram adquiridos na gestão anterior e falará do assunto em entrevista coletiva na terça (21), ainda sem horário, quando apresentará dados e documentos.
Walace informou ainda que a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), está inserindo na lista medicamentos que ainda vencerão em dezembro deste ano ou até mesmo janeiro de 2016.
Um exemplo dado por ele é o soro glicosado, que teria 50 mil itens para vencer no começo do próximo ano. Walace explica que a prefeita sequer tem a média de gastos com este produto no município e alega que são gastos, em média, 2,5 mil soros semanais, chegando a 10 mil por mês.
O peemedebista revela ainda que quando assumiu a prefeitura, em 2013, encontrou cerca de 350 mil itens com problemas no prazo de validade e eram todos adquiridos pela gestão anterior. Ele explica também que os remédios comprados, normalmente, têm um prazo de dois anos para vencimento.
Walace informa que quando diagnosticou a questão do vencimento dos medicamentos ainda buscou permuta com outros hospitais, distribuiu para policlínicas e fez até parceria com outras prefeituras.
Portanto, garante que medicamentos elencados pela atual prefeita não foram adquiridos em sua gestão. Ele relata que somente neste período em que Lucimar está na gestão quase 30 mil remédios venceram. “Ela vai dizer que não foi ela quem comprou. Então vale para ela e não para mim?”, questiona.
Bastante indignado com as denúncias contra sua gestão, Walace diz que trata-se de uma ação orquestrada para denegrir a imagem dele, pois ele ainda busca na justiça reaver seu mandato. “Eles sabem que eu vou voltar”, conclui.
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