Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 12 de Setembro de 2012 às 17:45

    Imprimir


A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman e o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams devem apresentar amanhã orientação sobre a decisão do Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF1), de retirar cerca de 7 mil famílias não indígenas da reserva Marãiwatsédé, até o dia 1º de outubro. A bancada federal de Mato Grosso e moradores da região, se reuniram nesta quarta-feira (15) com as autoridades, em Brasília, para pedir que a determinação seja revista.

 

O coordenador da bancada do Centro-Oeste, deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT) disse temer pela segurança no local, já que os moradores da região se recusam a sair das terras. “Nós viemos trazer à ministra a preocupação social, é uma região de conflito, não queremos que aconteça o mesmo derramamento de sangue registrado na desocupação da reserva Raposa Serra do Sol”, explicou o republicano.

 

Para o senador licenciado, Blairo Maggi que também participou da audiência, é importante a intervenção do Executivo no processo para evitar conflitos. “Pela primeira vez estamos vendo o executivo participar da discussão, saio da audiência otimista”, afirmou.

 

No mesmo momento que acontecia a reunião, cerca de 300 pessoas, entre mulheres e crianças da região na gleba Suiá Missú, onde fica a reserva, protestavam em frente ao Palácio do Planalto. Eles estão acampados na Esplanada dos Ministérios desdea última segunda-feira e só prometem sair depois que o governo federal dê uma resposta sobre o embate.

 

De acordo com Irene Maria Santos, vereadora do município Alto Boa Vista, caso sejam obrigados a se retirar a maioria das famílias não terão para onde ir. “Se a gente for obrigado a deixar nossas casas não teremos para onde ir. Vamos ficar na rua”.

 

Demarcação errada

 

O advogado Luiz Alfredo Feresin de Abreu, que defende a Associação dos Produtores Rurais da área Suiá-Missú apresentou à ministra um mapa elaborado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que demonstra a demarcação errada da área indígena. O documento segundo ele foi protocolado pelos próprios índios na Presidência da República.  “Isso não tinha vindo à tona porque a Funai omitiu. Os xavantes revoltados  fizeram um pedido de suspensão do processo até que se apure as fraudes. Eles querem ir para onde estão as antigas aldeias e cemitérios. Não concordam com essa prática espúria da Funai”, detalhou.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/41627/visualizar/