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Cidades/Geral
Terça - 21 de Julho de 2015 às 16:54

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A corregedora-geral do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ/MT), Maria Erotides Kneip Baranjak, recebeu na manhã desta terça-feira (21) uma denúncia contra o juiz da 1ª Vara da Comarca de Sinop, Paulo Martini.


O documento foi entregue pelo produtor rural Clayton Marques Arantes, que já havia denunciado o magistrado por venda de sentenças no ano de 2011. Na oportunidade o processo foi arquivado pelo ex-corregedor da Justiça Sebastião de Moraes Filho.

A doutora Erotides recebeu o denunciante na sala de júri, onde assinou um protocolo de recebimento do pedido de reabertura do processo investigativo. Clayton estava vestido com a camiseta de protesto, usada em 2011, quando fez greve de fome em frente ao TJ, em Cuiabá, também contra o magistrado.

Na oportunidade o produtor usou a seguinte frase para reinvindicação: “Greve de fome pelo fim das injustiças e da corrupção no poder judiciário de Sinop”. Prometendo volta a fazer a greve de fome, ainda esta semana, ele pretende usar a frase: “Justiça que não se cumpre, não é justiça é conivência com a corrupção”.

Em entrevista ao Nortão Nortícias Clayton disse acreditar no trabalho da nova corregedora. “Que ela consiga realizar o trabalho que está se propondo. Tirar da atuação do judiciário mato-grossense, aqueles juízes, magistrados que aceitaram o desvio de conduta, que se corromperam e que fazem dos Fóruns e das Comarcas do interior, um verdadeiro balcão de mercadoria”, declarou ele.

No ato de recebimento do documento, a doutora Erotides disse que analisará o processo para tomar um posicionamento no caso. “Ela chegando em Cuiabá, na próxima semana, estudará o processo no âmbito da corregedoria, arquivado pelo último corregedor Sebastião de Moraes, e tomar a sua decisão”, disse Clayton.

A expectativa do produtor é que o processo seja revisto e as medidas cabíveis tomadas. “A minha expectativa é que o processo venha ser reaberto o quanto antes e que possa dar sequência no trabalho que foi iniciado lá atrás pelo desembargador Mário Vidal, que comprovaram as minhas denúncias” concluiu.

Como já noticiado pelo NNClayton possui uma fazenda localizada a 70 quilômetros de Sinop, no município de Santa Carmem desde o ano 1998. Mas uma briga na justiça tornou a propriedade alvo de processo. No entanto sentenças anteriores reconheceu o produtor como o real dono da área.

Mas alegando “esquema”, Clayton disse que a mesma comarca que o reconheceu como dono da fazenda, retirou a terra de suas mãos. “Estou lutando para reaver isso. Já ganhei de novo. O mesmo tribunal que me tirou a fazenda a primeira vez, devolveu a fazenda a segunda vez, tirou a terceira vez e vai me dar mais uma vez. Já ganhei em todas as instâncias lá dentro do tribunal”, comentou.

Disse ainda que o TJ já encaminhou um mandado para Comarca de Sinop determinar a reintegração de posse a ele, mas o juiz Paulo Martini, inviabiliza. “Ela [reintegração] só não sai porque fica um jogo entre o Fórum de Sinop e o Tribunal. Mandam uma ordem pra cá [cidade de Sinop], pra ser promulgada aqui, porque é a Comarca onde o processo foi apertado e, aqui não dá a ordem. Fica pedindo um ofício”, afirmou.

Redação Nortão Noticias






Produtor acredita que existe uma "máfia" no judiciário de Sinop que não deixa cumprir a reintegração




Fonte: Nortão Noticias

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