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Nacional
Quarta - 22 de Julho de 2015 às 12:27

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Além de conviver com a chuva e os alagamentos, moradores do bairro Americana, em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, enfrentam outros obstáculos. Eles precisam fazer vigília para evitar saques a casas que foram invadidas pela água. O motorista Tiago Santos passou a madrugada desta terça-feira (21) em alerta.


“Está bastante complicado. Passamos a noite cuidando de casas dos vizinhos. Não aparece uma autoridade para dar um apoio”, lamenta.

Tiago está acompanhado de outro morador da região, Wagner Correa Pereira. Os dois contam apenas com um caminhão para se abrigar, mas reclamam do frio.

“Além das casas serem roubadas, corremos o risco de tomar um tiro. Tem o frio, estamos passando trabalho. Com o aumento da água, desce muito lixo. De madrugada desceu lixo para cá, e só deve piorar”, completa Wagner.

Os dois não pretendem sair do local, até que a situação melhore.

“Até baixar a água, a gente vai ficar protegendo. A gente já tem pouca coisa, a água já está levando mais. Não adianta”, aponta Wagner.

Número de atingidos sobe
A chuva diminui nesta terça-feira (21) no Rio Grande do Sul, mas o número de afetados por alagamentos subiu de 47.271 para 50.728 pessoas, segundo o balanço divulgado pela Defesa Civil estadual às 11h. Cerca de 680 pessoas voltaram para casa, mas ainda há 2.029 desabrigados no estado.

Na segunda-feira (20), o governo do Estado assinou um decreto coletivo de emergência para 26 municípios dos 36 afetados. Conforme a Defesa Civil, atualmente a situação mais grave se concentra nos municípios de Esteio, Gravataí e Cachoerinha, na Região Metropolitana, e em Porto Alegre, na Zona Norte e nas ilhas do Guaíba.

O governo gaúcho também instalou um gabinete de emergência no Palácio Piratini para monitorar a situação das cheias no estado. A força-tarefa é formada pela Casa Militar, pelo Gabinete da Primeira-Dama e por nove secretarias de estado.

De acordo com o vice-governador José Paulo Cairoli, o objetivo do gabinete de emergência é agilizar o atendimento aos atingidos pelas fortes chuvas. As reuniões serão diárias, e as ações serão executadas de modo integrado.

"Estamos organizados e atendendo a comunidade que está sofrendo com as chuvas prolongadas que atingem o estado. Otimizamos para atender de forma rápida e com eficiência quem necessita de apoio”, disse Cairoli.





Fonte: G1

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