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Policia MT
Sexta - 24 de Julho de 2015 às 06:20

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O número de assassinatos no bairro Pedra 90, em Cuiabá, fez com que a Polícia Militar desse início a uma operação especial na região nesta terça-feira (23) para reforçar o policiamento preventivo. Dos 114 homicídios registrados na capital entre janeiro e julho de 2015, 29 ocorreram somente naquele bairro


Segundo os moradores, o bairro é tranquilo de dia, mas à noite não. E já houve assassinatos em locais públicos. No último mês de março, um rapaz de 23 anos foi baleado na praça cultural, perto do palco, numa noite em que era realizado um campeonato de futebol. E nem mesmo dentro de casa os moradores do Pedra 90 se sentem seguros.

“Você chega na sua casa e não sabe se vai ficar vivo ou morto”, disse o cabeleireiro José Carlos da Cruz.

Reforço

Segundo a PM, 110 policiais militares em duas unidades de polícia atuam na região do Pedra 90. O comandante do 24º Batalhão diz que as ações durante a operação serão em pontos estratégicos.

“O Pedra 90 teve um índice um pouco elevado de ocorrências neste ano, então resolvemos fazer a operação. Esses pontos estratégicos seriam bares, vias públicas, com abordagem de veículos e pessoal para que possamos encontrar drogas, armas e pessoas procuradas pela lei”, disse Adnilson Arruda.

As ações serão integradas com outras forças policiais e órgãos fiscalizadores, mas somente por uma semana. "Depois daremos continuidade com os policiais que temos aqui. Se houver necessidade, chamaremos de novo o reforço para continuar a operação", disse Arruda.

Segundo o comandante, os crimes de tráfico de drogas são evidentes no Pedra 90. "Principalmente nos homicídios. Aqueles acertos de contas entre traficante e usuários. Pedimos às familias que cuidem de seus filhos e evitem o envolvimento com drogas.", afirmou.

Delegacia de Homicídios

A titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Anaíde Barros, diz que o tráfico não é a principal causa de assassinatos no Pedra 90. "Nós trabalhamos muito no intuito de identificar se seria um grupo de extermínio, mas não identificamos grupo de extermínio. Os homicídios têm autorias diversas, motivações diversas e não têm ligação entre si", afirma.

A DHPP afirmou que já identificou a autoria em 70% dos homicídios do bairro e prendeu a maioria dos criminosos.

Vítimas

Uma das vítimas foi Edson Ferreira de Sousa, que foi morto na frente de casa no dia 15 de julho. Testemunhas disseram que ele estranhou que os cachorros não paravam de latir. Saiu de casa para ver, por volta das 20h30, o que tinha acontecido e foi baleado. Uma pessoa próxima a Edson contou que ele já tinha cumprido pena por assalto e estava afastado do mundo do crime há quatro anos. Mesmo assim, o assassinato pode ter sido um acerto de contas.

Em outro caso, registrado no último sábado (18), Cidimar Pereira teria feito uma brincadeira com uma pessoa que não gostou, saiu dali e voltou em seguida numa moto acompanhado de outro homem e atirou na vítima.





Fonte: G1 MT

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