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Sexta - 24 de Julho de 2015 às 17:10

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Foto: (Foto: Reprodução/Instagram)

Felipe faz tatuagem em homenagem ao irmão

Felipe faz tatuagem em homenagem ao irmão

Fãs estão ansiosos para conferir as músicas inéditas de Cristiano Araújo, de 29 anos, gravadas antes de ele e a namorada, Allana Moraes, de 19, morrerem, há um mês, em um acidente na BR-153, em Goiás. “Tomara que venham muitas músicas e que virem sucesso, porque, se depender da gente, elas sempre vão estar tocando e encantando”, diz a estudante Sarah Nascente.


O empresário do sertanejo, Rafael Vannuci, garante que parte delas será lançada ainda neste ano. “São projetos muito mais profundos, com planejamento para um, dois anos de carreira ainda do que a gente tem do Cristiano hoje para que a gente tenha um legado da música dele”, conta.

Vanucci afirma que um dos objetivos é “mostrar o que era o Cristiano para quem não conheceu o Cristiano como artista, como ser humano”. Há material para CD, DVD e álbum de fotos.

O acidente que matou o cantor e a namorada aconteceu na madrugada de 24 de junho. O carro do sertanejo capotou quando ele voltava para Goiânia após um show em Itumbiara, no sul do estado. Além do casal, estavam no automóvel o empresário Victor Leonardo e o motorista Ronaldo Miranda. Eles se feriram, mas receberam alta médica dias depois.

Fã de Cristiano Araújo desde o início da carreira do sertanejo, o marceneiro Tony Lopes disse que o fanatismo não cessou com a morte do ídolo. Ele revelou que, em um encontro com o cantor, prometeu acompanhá-lo. “Eu falei para ele que eu estaria com ele sempre, para o resto da minha vida e assim vai ser”, conta o jovem.

Cristiano também inspira outros cantores, como Hugo Henrique, de 11 anos. Quando tinha 7 anos, o menino participou da gravação de um DVD do ídolo. “Me chamou para fazer essa participação no DVD dele, foi um dia inesquecível”, conta o garoto.

Atualmente, Hugo Henrique integra com os amigos Felipe, Michel, e PH a banda Troia, a primeira “Boy Band” sertaneja. Os jovens conviviam com o Cristiano. “Ele era um cantor fora do normal, aquele que você escuta e fala ‘que isso’. Só que esta é menor qualidade dele porque, como pessoa, superava todo o talento dele. A humildade dele era tremenda”, ressalta Felipe, de 20 anos.

Homenagens
Quem também se inspira em Cristiano é o irmão dele, o também cantor Felipe Araújo. Ele conta que a família tenta, aos poucos, superar a tragédia. "Sinto muita falta e muita saudade dele, o tempo inteiro. Isso nunca vai passar, só vai aumentar. Mas é Deus que atende e olha a gente", disse o jovem.

Felipe fez uma tatuagem na perna para homenagear o irmão. Além do nome do músico, ele desenhou uma cruz, um violão e uma bola de futebol para "lembrar as coisas que mais gostavam de fazer juntos".

Para lembrar um mês da morte do sertanejo, familiares e amigos participaram, na quarta-feira (22), de uma missa realizada na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no Conjunto Itatiaia, em Goiânia, onde Cristiano costumava frequentar. Cerca de 2,5 mil pessoas assistiram à cerimônia.

No início da missa, o padre Marcos Rogério de Oliveira ressaltou que o músico, apesar da rotina corrida, fazia questão de participar da Missa da Família, sempre às quartas-feiras. Um vídeo gravado no local mostra o sertanejo cantando durante uma celebração.

Felipe fez outra homenagem ao irmão durante a celebração. Ele subiu ao altar e cantou a música "Noites Traiçoeiras", do Padre Marcelo Rossi (assista ao vídeo abaixo). Na ocasião, Felipe revelou que o irmão sempre cantava essa canção quando ia a missas.

A cerimônia ocorreu na mesma igreja onde foi celebrada a missa de 7º dia de Cristiano Araújo, no dia 1º de julho. Na ocasião, cerca de 5 mil pessoas estiveram presentes para homenagear o artista, entre familiares, amigos, fãs e integrantes da banda.

Outra homenagem para o cantor ocorreu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, em 5 de julho. Um grupo de aproximadamente 300 fãs, que se organizou pelas redes sociais, cantou músicas do sertanejo e fez orações para o músico e para a namorada dele.

Acidente

O acidente que matou o cantor e a namorada aconteceu na altura do km 614 da BR-153, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina. Allana morreu ainda no local e Cristiano chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal de Morrinhos. Depois, ele foi transferido até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Apesar dos esforços para socorrê-lo, o sertanejo não resistiu aos ferimentos.

O casal foi velado junto no Palácio da Música, localizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), em Goiânia. Segundo a Polícia Militar, cerca de 50 mil pessoas estiveram no local.

Ambos foram enterrados no dia 25, no Cemitério Jardim das Palmeiras. Mais de 1,5 mil pessoas acompanharam o enterro do cantor. Os presentes deram uma salva de palmas e cantaram vários sucessos do artista durante a despedida.

Investigação
A Polícia Civil ainda não concluiu a investigação das causas do acidente. De acordo com o delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, o inquérito depende de laudos da Polícia Técnico-Científica para ser concluído. ,

Logo após o capotamento, o delegado solicitou laudos perciais do local do acidente, do veículo e das rodas. Entre eles está a análise que deve determinar se Cristiano e Allana usavam cinto de segurança. Há a suspeita de que estavam sem o equipamento, já que ambos foram arremessados do veículo, segundo o delegado.

O superintendente interino da Polícia Técnico-Científica de Goiás, César Augustus Adorno Ferreira Lima, prefere não determinar um prazo para a conclusão dos laudos, mas afirma que os peritos estão “trabalhando com afinco” nas análises.





Fonte: G1

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