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Economia
Quarta - 12 de Setembro de 2012 às 07:41
Por: Fabiana Reis

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Bovinos submetidos ao confinamento poderão ser alimentados com um novo suplemento, que ajuda a melhorar o rendimento. Há 2 meses foi liberado pela CodexAlimentarius, órgão que estabelece os padrões de qualidade dos alimentos em nível internacional, o uso de beta-agonistas como suplemento alimentar dos animais confinados. Com a adição da substância na ração, o animal tem um ganho de peso de até uma arroba na fase final do confinamento, sendo que este acréscimo é de músculo e carne, e não de gordura, o que também garante melhor rendimento no frigorífico.

Conforme o presidente da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Eduardo Moura, esta novidade permite a utilização de uma tecnologia disponível que beneficia tanto os pecuaristas quanto os frigoríficos, uma vez que o complemento estimula a produção de carne ao invés de gordura, aumentando também o rendimento carcaça. O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que a Comissão Alimentar do Codexconcluiu, por meio de pesquisas científicas realizadas pelo Comitê Conjunto de Especialistas sobre Aditivos Alimentícios da FAO/OMS, que a utilização da ractopamina (um dos beta-agonistas permitidos) não tem impacto sobre a saúde humana. No Brasil, o uso da substância na criação de suínos já é permitido pelo há 10 anos.

Para o médico-veterinário e diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Guilherme Nolasco, os benefícios da ractopamina são indiscutíveis, uma vez que a produção de gordura gasta 5 vezes mais energia do que a produção de carne e este suplemento estimula justamente a o ganho de músculo e carne. Porém, Nolasco destaca que a União Europeia não permite a aquisição de carne de animais que receberam o reforço alimentar, o que pode acarretar em restrições comerciais caso não haja uma fiscalização adequada de quais propriedades optam pelo suplemento. Medida poderá impactar também nas exportações ao bloco econômico.

“Será preciso fazer um controle de quais propriedades utilizam a substância para evitar que carnes contendo o produto acima do limite estabelecido sejam embarcadas para Europa, o que pode acarretar numa barreira comercial para o produto brasileiro”, destaca o produtor ao afirmar que apesar de não ser o maior cliente, a carne possui um significativo valor agregado no mercado europeu. (Com Assessoria)





Fonte: DO GD

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