Brasil leva 4 menções honrosas em Olimpíada de Astrofísica na Indonésia
Quatro estudantes brasileiros foram condecorados com menções honrosas na 9ª edição da Olimpíada
Carolina Lima Guimarães e Yassin Rany Khalil, de 18 anos; Felipe Roz Barscevicius, de 17; e João Paulo Krug Paiva, de 16, foram os estudantes que conquistaram menção honrosa. A delegação brasileira que viajou à Ásia ainda contou com a presença do estudante Pedro Henrique da Silva Dias, 17. Os jovens foram acompanhados do astrônomo Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Eugênio Reis, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A equipe brasileira terminou a competição na 20ª colocação dentre os 41 países participantes. O resultado, apesar de menos expressivo do que o obtido no ano passado, quando o país ganhou a melhada de prata, foi bastante comemorado pelo professor Rojas, comandante do time: "O nível das provas foi muito elevado. Mesmo assim, nossos alunos conseguiram as menções honrosas, ficando à frente de outros países com tradição na competição", afirmou.
A estudante capixaba Carolina, que cursa o
A OIAA teve início no dia 26 de julho e a cerimônia de encerramento aconteceu nesta terça, no templo de Prambanan. O primeiro lugar geral da competição ficou com o estudante Joandy Pratama, da Indonésia, que na edição anterior tinha levado a medalha de bronze. A próxima edição do evento já tem local e data definidos: acontecerá na Índia, em dezembro de 2016.
Preparação
Em entrevista por e-mail ao G1, os estudantes falaram sobre a principal dificuldade encontrada pela equipe brasileira na preparação para o evento. "Infelizmente, as escolas brasileiras ainda não costumam incluir o tema de astronomia em seus currículos. Alguns assuntos relacionados são ensinados nas disciplinas de geografia ou física, mas superficialmente", lamentaram.
Nem mesmo a experiência dos jovens em outras olimpíadas estudantis, como de física, matemática e robótica, tornou a vida dos competidores brasileiros mais fácil na OIAA. "Diferentemente das outras olimpíadas, na de astrofísica temos que construir todo nosso conhecimento do zero. Como a disciplina não é abordada nas escolas, tivemos que correr atrás do assunto por conta própria e com a ajuda de professores dedicados", completaram.
Seleção da equipe
Para fazer parte de uma equipe internacional, como a montada para a OIAA, o candidato precisa participar e obter uma boa pontuação na prova nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia. Depois, participa de provas seletivas online. Por fim, caso se classifique, o estudante realiza uma última prova, desta vez presencial.
Só no final deste processo é que os selecionados começam os treinamentos intensivos, nos quais aprendem a operar telescópios, construir foguetes, bases de lançamento e aprimoram, em um todo, seus conhecimentos de astronomia. No caso da OIAA, apenas jovens que ainda não concluíram o ensino médio podem participar.
Comentários