Fechamentos de frigoríficos em Mato Grosso será debatido na próxima semana
O fechamento de plantas frigoríficas de carne bovina em Mato Grosso será discutido na próxima semana em Rondonópolis durante a Vitrine Agropec. Somente em 2015 sete unidades fecharam as portas no estado, levando aproximadamente quatro mil pessoas ao desemprego. Nesta terça-feira (04) o governo de Mato Grosso anunciou que as indústrias frigoríficas terão carga tributária linear de 2% até o final de 2015.
O fechamento das unidades, como o Agro Olhar já comentou, é decorrente a falta de animais terminados para o abate. Nos últimos cinco anos, aproximadamente, o estado abateu mais fêmeas do que macho, dificultando assim a reposição de animais. Segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o estado possui cerca de 28 milhões de cabeças de gado.
As dificuldades do setor frigorífico de bovinos serão debatidas na Vitrine Agropec, paralela a 43ª Exposul, no painel “Cenário da Carne 2015 – Atualidades x Perspectivas”. O debate será no dia 12 de agosto, às 16h, no parque de exposições Wilmar Peres de Farias.
De acordo com a organização do evento, o painel terá a presença do presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O painel será mediado pelo engenheiro agrônomo da Scot Consultoria, Alcides de Moura Torres Junior.
“Resolvemos trazer esta discussão para a Vitrine Agropec pois foi uma demanda dos pecuaristas da região, que estão preocupados com esta situação e precisam estar por dentro do atual cenário e do que esperar para o futuro da atividade”, explica o vice-presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Aylon Arruda.
ICMS a 2% só até final de 2015
Nesta terça-feira (04) o governo de Mato Grosso anunciou que as indústrias frigoríficas terão carga tributária linear de 2% até o final de 2015. Até dezembro o governo do Estado, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), irá avaliar o comportamento do mercado. A Sedec destaca que a alíquota do boi em pé segue em 7%.
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