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Policia MT
Terça - 11 de Agosto de 2015 às 06:50

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Os irmãos Rony Santos e Fernando Santos, suspeitos de matar a estudante de Direito Isabella Cazado, de 22 anos, em São José do Rio Claro (cidade a 325 km de Cuiabá), foram indiciados pela Polícia Civil no último sábado (8) pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e por não oferecer qualquer chance de defesa à vítima. O crime atribuído a eles também deverá ser enquadrado como hediondo devido à nova lei do feminicídio,sancionada em março pela presidente Dilma Rousseff (PT).


Conforme a nova lei, o crime de homicídio contra a mulher motivado por questão de gênero passa a ser caracterizado como feminicídio, incluído no rol de crimes considerados hediondos. A modificação dificulta a possibilidade de o condenado obter liberdade condicional ou progressão de regime na pena, que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Isabella Cazado foi morta na noite do dia 31 de maio em São José do Rio Claro atingida por três tiros de arma de fogo dentro do carro do namorado Rony,que encontra-se foragido desde entãocom mandado de prisão em aberto. A estudante estava no banco do passageiro enquanto o namorado estava na condução do veículo. Por sua vez, Fernando, irmão de Rony, estaria no banco de trás do carro.

Investigações

Laudo de necropsia apontou que a vítima foi atingida por um disparo no peito, o qual, pela posição, deve ter partido de uma arma usada por Rony. Já os demais dois tiros acertaram Isabella no maxilar e na nuca. Pela posição em que a vítima foi atingida, o delegado concluiu que esses dois tiros foram disparados por trás – ou seja, da arma de Fernando,preso no dia 11 de junho.


A Polícia Civil também leva em consideração nas investigações indícios de queIsabella vinha sendo ameaçadapor pelo menos três meses antes de morrer. Irmão do namorado da vítima, Fernando teria ameaçado a estudante, o que consta do inquérito. Além disso, amigos já relataram ao pai da vítima outros episódios de ameaças. Os relatos reforçam a certeza da Polícia Civil sobre a autoria do homicídio.

Prisões

Além de terem sido indiciados, o delegado Nilson Farias, que investiga o caso, informou que foi notificado nesta segunda-feira (10) da decisão da Comarca de Nova Mutum (município a 269 km da capital) que converteu as prisões temporárias dos dois irmãos em prisões preventivas. Isso significa que Fernando, já preso, deverá permanecer desta forma por tempo indeterminado até ser julgado, assim como seu irmão, caso seja capturado. O mandado de prisão preventiva tem validade de 20 anos.

Agora, o Ministério Público deverá analisar as provas colhidas pela investigação da Polícia Civil e decidir se oferece ou não à Justiça denúncia contra os dois irmãos pelos crimes relatados no inquérito. Enquanto isso, esclareceu Farias, a Polícia Civilcontinua investigando o paradeiro de Rony. Seu irmão, Fernando, tem se recusado a falar quando interrogado por orientação dos advogados de defesa, que também têm se recusado a falar com a imprensa sobre o caso.





Fonte: G1 MT

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