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Terça - 11 de Agosto de 2015 às 11:11

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Imagine o mundo sem a presença de crianças! Você irá concordar que elas deixam nosso dia-a-dia mais feliz. Por outro lado, não podemos ignorar as responsabilidades implícitas com o nascimento de um filho. Educação, saúde, boa alimentação, atenção, carinho e todo cuidado que um ser humano exige. Por isso é preciso planejamento financeiro e familiar.

Em países como a China existem medidas restritivas com relação a concepção por motivos indiscutíveis: a população cresceu tanto que o espaço territorial e o desenvolvimento socioeconômico não foram suficientes para comportar tamanho número populacional. Com isso a falta de alimento e a dificuldade em manter uma infraestrutura digna a um ser humano forçaram as restrições – ou, no caso, ao controle da natalidade.

O mandamento de Deus antes da queda do homem no Jardim do Éden foi: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gênesis 1.28). Para alguns incautos isso já é motivo suficiente para se opor a qualquer método ou tipo anticoncepcional por um casal cristão. Claro que também existem os liberais, que defendem até mesmo o aborto quando diz respeito ao planejamento familiar. Um triste exagero!

Mas o que a Bíblia diz sobre este assunto? Ou, se não é clara ao abordar o tema, o que podemos aprender com os exemplos na Palavra de Deus? Sabemos que no Antigo Testamento ter filhos, principalmente filhos homens, era uma bênção para a família. Quanto maior a família melhor. Mas encontramos diversos personagens que não podiam ter filhos, como o patriarca Abraão (Gn 11.30), Ana, mãe de Samuel (1 Sm 1.2), etc. Uma mulher estéril naqueles tempos era sinônimo de vergonha. Os filhos eram considerados presentes de Deus, tesouros divinos e simbolizavam a prosperidade de Deus sobre a vida do indivíduo.

No Novo Testamento a coisa não mudou e aqueles que não podiam ter filhos sentiam-se frustrados. Como é o caso de Zacarias esposo de Isabel, que não tinha filhos, pois sua mulher era estéril (Lc 1.14). Além disso, Jesus enaltecia das crianças na sociedade: “Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos” (Lc 18:16).

E tanto no Novo quanto no Antigo Testamentos houve um controle forçado de natalidade. No Antigo, Faraó, após a morte de José, decretou um controle para que não nascessem filhos homens entre o povo de Israel (Ex 1.15,16), mas Deus interveio. Da mesma forma no Novo Testamento (Mt 2.18), quando Herodes tentou matar o menino Jesus. Mas o anjo apareceu mandando José se retirar com o menino (Mt 2.13).

Quanto ao planejamento familiar, não há referências expressivas na Bíblia. Mas se os filhos são bênçãos para o lar e herança do Senhor, a irresponsabilidade, sub nutrição, mal educação, e o mal cuidado podem desagradar ao Senhor. O casal deve estar preparado emocionalmente, fisicamente, financeiramente e espiritualmente para gerar um filho.

O cristão deve buscar a direção de Deus e se preparar para, ao receber a dádiva da bênção conjugal de gerar uma vida, conseguir dar os cuidados necessários para manter esta vida de forma digna. Boa alimentação para desenvolvimento do novo ser, cuidados com a saúde para não desenvolver deficiências, subnutrição, boa educação para não criar uma pessoa em desvantagem em relação aos demais indivíduos, são algumas das responsabilidades implícitas.

A paternidade deve ser exercida com responsabilidade, isso agrada a Deus. Não esqueça que “tudo tem seu tempo determinado” (Ec 3.1), desta forma o planejamento e o controle deve ser acompanhado de oração.

É moralmente justificável a limitação de filhos por questões socioeconômicas, por saúde da mãe e por planejamento familiar, mas a vaidade é pecado. Evitar ter filhos por questões falaciosas, como evitar filhos para não perder a juventude, ou, para não perder o porte físico, a estética, porque a vida está difícil, para não ter trabalho, porque não acha justo ter filhos em uma sociedade com tantos problemas, são argumentos injustificáveis e que trazem um grande perigo de pecar contra a vontade permissiva de Deus.

Quanto a abstenção sexual, a Bíblia permite, para que se dediquem melhor à oração, “por mútuo consentimento”, num período de tempo (1 Co 7.4,5). Neste caso, podemos entender que o planejamento familiar é também uma questão espiritual, que envolve diversos fatores.

Nossos filhos são em primeiro lugar de Deus, por isso devemos cuidar deles com muita dedicação. “Você não vê que os filhos são o melhor presente de Deus? O fruto do ventre do legado generoso de Deus? (tradução literal de Salmos 127.5).





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