Volume do Alto Tietê tem 25ª queda neste domingo (23) Reservatórios do Spat estão com armazenamento de 14,8%. Pluviometria acumulada no mês é de apenas 2,5 mm.
Represa de Biritiba-Mirim no dia 14 de agosto de 2015 (Foto: Maiara Barbosa/ G1)
O volume armazenado nas represas do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) sofreu a 25ª queda consecutiva neste domingo (23) e chegou a 14,8%, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A pluviometria deste domingo está em 0,2 mm. A pluviometria acumulada no mês subiu para 2,5 mm. A média histórica para o mês é de 36,7 mm.
No sábado (22), o sistema também teve queda, passando de 15,1 mm na sexta-feira para 15 mm no sábado.
Nesta terça-feira (18), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) publicou uma portaria em que classifica como crítica a situação hidríca na Bacia do Alto Tietê. Segundo as informações do Diário Oficial, com a medida, ações deverão ser adotadas para assegurar a disponibilidade hídrica. Segundo o Ministério Público, admitir o estado crítico abre a possibilidade para adoção de rodízio. Já o governador Geraldo Alckmin informou que tratou-se apenas de uma "resolução burocrática normal".
Na mesma data no ano anterior, o volume armazenado estava em 17,5% e a pluviometria acumulada era de 25,8 mm.
Desde dezembro de 2013, a água do Sistema Alto Tietê é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas.
Chuva e economia
Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.
Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm.
Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.
Em julho, os moradores de Mogi das Cruzes reduziram o consumo de água em 17%, segundo o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae). Uma campanha foi lançada em fevereiro e a população é incentivada em reduzir o consumo em 30%. Em junho foi registrado o pior índice de economia desde que uma campanha foi lançada na cidade por causa da crise hídrica, em fevereiro. Os moradores reduziram o consumo em 14,15% em relação ao mesmo período do ano passado.
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