Professores da UFMT mantém greve; 20 mil acadêmicos estão sem aula
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidiram fortalecer e até ´radicalizar´ a greve que está completando 100 dias. Eles se reuniram, hoje, na capital, concluíram que as negociações com o governo federal pouco avançaram e "deu lugar ao reconhecimento de que os cortes nas universidades trarão ainda mais dificuldades. No entanto, sua disposição em negociar ainda não é suficiente".
O comando de greve avalia que o apoio de estudantes e técnicos, em todo o país, tem pressionado o governo a sentar com as entidades, cara a cara. Além disso, o movimento tem conseguido refutar, sistematicamente, qualquer tentativa de imposição de datas para encerrar o diálogo, que ainda nem atingiu o patamar desejado.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Jesualdo Farias, reúne-se amanhã, às 16hs, com representantes da categoria para tratar das reivindicações.
A assessoria do comando de greve informou que a representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Maria Fernanda Lara, expôs que os estudantes estão ansiosos para o retorno às aulas. Mas ressaltou que o desejo é retomar as atividades com qualidade e em condições plenas. Nesse sentido, colocou a entidade à disposição para somar na defesa da universidade pública e de qualidade, fortalecendo a greve.
Os grevistas em Mato Grosso reforçam a decisão nacional pela garantia da autonomia das universidades, os tópicos, referentes a defesa da revogação da Lei 9192/95 e do parágrafo único do artigo 56 da Lei 9394/96 (LDB), e manifestação por parte do MEC de apoio à retirada de pauta ou rejeição do PLC 77/2015 foram aprovados.
Os professores querem 27% de aumento salarial. O governo ofereceu 21% divididos em 4 anos. Mais de 20 mil acadêmicos nos campi de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e demais cidades estão sem aulas.
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