Afastado há 100 dias, Prieto volta a trabalhar na 2ª instância
Depois de tirar longas férias forçadas, aproximadamente 100 dias, o defensor André Luiz Prieto volta à ativa. Afastado do comando da Defensoria Pública por determinação judicial, ele foi designado para atuar na 2ª instância junto a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, dividindo os processos com o também defensor Edson Jair Weschter. Prieto afirma que, além do afastamento, realmente tinha férias vencidas, por isso aproveitou para descansar.
Ele explica que a nomeação apenas o designou para o cargo que exercia antes de assumir a defensoria-geral. Ressalta que está impedido de exercer apenas atividades em funções administrativas, assim como aconteceu com o presidente da Assembleia José Riva (PSD), que foi afastado por um período do comanda do AL após o recebimento de denúncias de peculato e lavagem de dinheiro, mas continuava atuando como deputado.
Ao contrário de Riva, que já conseguiu reverter a decisão, Prieto continua afastado. Ele deixou o cargo obedecendo uma liminar de maio deste ano, com "validade" de 120 dias. O pedido foi do Ministério Público, que apresentou 5 ações civis públicas contra ele, das quais 3 o acusam de improbidade administrativa.
A mais recente é de março deste ano. Nela, o defensor-geral é acusado de adquirir quase 187 mil litros de combustível em 4 meses. A quantidade custou aos cofres públicos quase R$ 540 mil e foi considerada absurda pelo promotor Mauro Zaque. Autor da representação, ele argumenta que apenas 7 dos 13 veículos da Defensoria são movidos a gasolina, combustível comprado.
Prieto ainda responde outro processo que questiona o pagamento de R$ 70 mil para realização de um jantar em comemoração ao "Dia do Defensor Público". Acontece que a Coordenadoria de Orçamento e Planejamento da Defensoria havia alertado para a falta de recursos em caixa, já que o montante destinado anualmente à promoção de eventos era de apenas R$ 24 mil.
Ele ainda é acusado de superfaturar horas de voo em aviões fretados. De março a outubro de 2011, o então defensor-geral autorizou o pagamento de R$ 285 mil à uma empresa de turismo por viagens que, conforme dados do processo, duraram até 29 horas a mais que o tempo de voo apresentado por outras companhias que atuam no mesmo ramo.
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