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Segunda - 05 de Outubro de 2015 às 15:44

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Moradores e comerciantes da cidade de Poconé, a 104 km de Cuiabá, fizeram um protesto neste domingo (4) contra casos de violência que vêm acontecendo no município. Os moradores se dizem indignados após assassinatos e explosões a caixas eletrônicos de agências bancárias da cidade.


O município com pouco mais de 30 mil habilitantes, antes tido como lugar tranquilo e pacato, ganhou a fama de cidade violenta. O protesto reuniu moradores, estudantes e comerciantes, que percorreram as ruas do município. Aproximadamente mil pessoas participaram, levando cartazes e usando roupas brancas pedindo a paz na cidade.

No mês passado dois fazendeiros foram assassinados a tiros em uma região de chácaras. Cícero Bezerra Medeiros, de 59 anos, e o amigo dele, Rodrigo Sávio Barros Botelho, de 39 anos, foram mortos no dia 13 de setembro na frente de familiares, em uma comunidade às margens da BR-070.

Já na madrugada do dia 29 de setembro assaltantes armados explodiram caixas eletrônicos de duas agências bancárias no Centro da cidade. Após mais de uma semana, os dois bancos continuam fechados porque passam por reforma. “Foi horrível, muito medonho, foi uma coisa sem explicação”, comentou a dona de casa Geanete Cintra, que diz ter ouvido cinco explosões.

O caso mais recente de violência foi o assassinato da estudante Simone da Luz Feitosa, de 37 anos, e da filha dela, Aline Feitosa Souza, de 16, na última segunda-feira (28). Elas eram moradoras de Poconé. Os corpos foram encontrados carbonizados em terreno baldio no Residencial Paiaguás, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O ex-namorado de Simone, que é pastor evangélico, de 43 anos, foi preso na última sexta-feira (2) suspeito do duplo homicídio.

Amigos e colegas de Aline lamentaram a morte da amiga. “Pra mim ainda não caiu a ficha ainda. Quando eu chegar na escola ela vai estar lá, como todos os dias, quando for embora ela vai passar na minha casa, é difícil”, declarou Kimberly Silva.

Os moradores também colocaram cartazes e panos brancos nas portas e muros das casas. O protesto seguiu até a Praça da Igreja Matriz, onde um culto ecumênico foi realizado.





Fonte: poconéMT

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