PDT discute futuro de candidato assassino em reunião com cúpula
O deputado aponta que não está a par da discussão que culminou na morte do secretário e por isso prefere esperar para falar com os militantes. “Vamos ter que conversar com o presidente para não penalizar sem saber corretamente os fatos”, avalia. Ele adianta, no entanto, que o caso deve mesmo ficar nas mãos da Justiça e que o partido repudia esse tipo de ação, considerada um fato isolado. Para Zeca, a fatalidade ainda é vestígio dos desentendimentos que o grupo tem desde quando ele ainda não estava à frente da presidência da legenda.
A confusão teve início depois do anúncio de desistência do prefeito Harrisson Benedito (PSDB) em buscar a reeleição. Internamente, a discussão do PDT era pela definição de apoio ao candidato Wanderlei Ribeiro ou Valdirzinho do Posto. Enquanto a maioria dos pedetistas optava por Valdirzinho, o secretário assassinado e seu filho, o vereador Izaias Vieira Pires Júnior, queriam Wanderlei. O motivo era que o então pré-candidato tinha apoio do prefeito tucano.
Como Wanderlei acabou desistindo da disputa, Harrisson passou a apoiar a candidatura do republicano Celso Nogueira, e foi seguido por Izaias e Izais Júnior. O PDT, por sua vez, insistiu no nome de Valdirzinho, indicando-o a vice do petista Valdir Ribeiro.
No dia do crime, Izaias Júnior, que tenta a reeleição, corria o risco de ser expulso do partido sob acusação de infidelidade partidária. O clima na reunião da comissão de ética da legenda esquentou e ele acabou agredindo Marcelo Queiroz com um soco. Irritado, o PM foi até o seu carro, pegou a arma e desferiu dois tiros contra o secretário, que teria tentado intervir na briga dele e seu filho.
O secretário foi atendido no Pronto Socorro de Cuiabá e chegou a ser transferido para a Santa Casa. Ele falaceu na última sexta (7)
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