Para esvaziar prisões, EUA vão libertar 6 mil detentos
O departamento americano de Justiça anunciou que vai libertar 6 mil prisioneiros antecipadamente, entre 30 de outubro e 2 de novembro. A medida, revelada na terça-feira (6) pelo jornal Washigton Post, visa reduzir a superlotação carcerária nos Estados Undios.
A maioria dos detentos libertados antecipadamente será encaminhada inicialmente para centros de readaptação ou para residências vigiadas. Em seguida, eles vão ser colocados em regime de liberdade vigiada, esclarece o diário americano. Um terço dos presos, de origem estrangeira, seria expulso do país.
Essa onda de libertação antecipada é consequência de uma decisão tomada pela Comissão de Penas americana no ano passado. O organismo, resposável por definir a política federal de sanções para as infrações penais, reduziu em um ano as penas ligadas ao consumo e venda de drogas e determinou que a medida era retroativa.
Beneficiados
Segundo a Comissão de Penas, a modificação das sentenças pode vir a libertar antecipadamente 46 mil dos 100 mil toxicomanos delinquentes atualmente presos. As 6 mil libertações anunciadas agora correspondem ao primeiro grupo de detentos que se beneficia da medida. Essa decisão da Comissão não tem nenhum relação com a clemência que pode ser dada pelo presidente Barack Obama aos infratores com crimes ligados à droga, sem violência. O perdão presidencial beneficiou 89 detentos.
A população carcerária americana foi multiplicada por quase 10 nos últimos anos. As prisões federais têm atualmente 206 mil detentos, contra 25 mil em 1980. Os dados são do site da Agência Federal de Prisões. Em todo o país, a população carcerária é de 1,56 milhão de presos, dividios entre as prisões federais e as penitenciárias estaduais, segundo dados do departamento de Justiça americano.
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