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Internacional
Terça - 24 de Novembro de 2015 às 17:33

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Em setembro, uma notícia passou quase despercebida pela grande mídia: a Al-Qaeda declarou guerra ao Estado Islâmico. A organização terrorista fundada por Osama Bin Laden e hoje liderada por Ayman al-Zawahiri acusou os soldados do EI de ‘insubordinação’.

Para a Al Qaeda o movimento jihadista que nasceu dentro dela, é um movimento ilegítimo. A mensagem divulgada por Zawahiri é clara: “Al-Baghdadi e os seus irmãos não nos deixam outra opção, pois exigiram que todos os guerrilheiros renunciassem às alianças e jurassem aliança ao que dizem ser um califado”, segundo o jornal Mirror.

Não bastasse um grupo islâmico declarando guerra ao outro, agora o rei Abdullah II da Jordânia declara que o Estado Islâmico desencadeou uma nova guerra mundial. Dirigindo-se a outros líderes muçulmanos, afirmou esta semana em uma coletiva de imprensa: “Estamos diante de uma terceira guerra mundial contra a humanidade, e isso nos une”.

Seu argumento é que as maiores vítimas do EI são os próprios muçulmanos. “Esta é uma guerra, como já disse repetidamente, dentro do islã. Grupos como Daesh [nome árabe do EI] se mostram diariamente como sacrilégios sem lei, desprovidos de humanidade”.

A Jordânia faz parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França que ataca posições do EI na Síria e Iraque. Curiosamente, esta semana, o presidente francês François Hollande, disse novamente que “a França está em guerra” e que o Estado Islâmico “é uma ameaça ao mundo inteiro”.

No ano passado, Vladimir Putin fez um discurso parecido, mas acusando os Estados Unidos de promover o terrorismo ao financiar grupos extremistas no Oriente Médio. A OTAN, aliada dos EUA na Europa, tem dado sinais que as ações na Rússia não são vistas com bons olhos e que possuem potencial para “começar uma guerra”. Além de fomentar o conflito na Ucrânia, tem unido forças com o Irã e a China em incursões militares.

Enquanto líderes mundiais e os antigos aliados do EI falam em se unir, o sociólogo argentino-americano Carlos Alberto Torres, faz uma análise sombria: “a terceira grande guerra mundial deve surgir nos próximos anos a partir de conflitos no Oriente Médio, provavelmente incitados por grupos terroristas como o ISIS, Boko Haram e Shabat… Há leituras islâmicas que apontam que essa confrontação está se dando entre o mal e o bem. O bem é o Islã e o mal é o ocidente”.





Fonte: Gospel Prime

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