'Crise' econômica brasileira não afeta novos investimentos em MT, afirma Sedec
Foto: Pauta Pronta/Reprodução
A recessão econômica brasileira não tem afetado a atração de novos investimentos em Mato Grosso. Indústrias, incluindo montadora de automóveis, são alguns dos setores econômicos que tem mirado os olhos para o estado. Quem sofre, segundo avaliação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com a situação são aqueles que já possuem investimentos em Mato Grosso.
As estimativas do Valor Bruto da Produção (VBP), ou seja, da renda da porteira para dentro, em Mato Grosso deram uma "leve" melhorada em outubro. As projeções, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa) para 2015 são de R$ 65,539 bilhões, um volume R$ 352 milhões a mais que o estimado o ano passado. Contudo, o incremento é creditado ao milho (R$ 10,207 bilhões) e a pecuária bovina (R$ 15,723 bilhões), uma vez que a soja e algodão apresentam decréscimos. Somente a soja deverá recuar de R$ 27,3 bilhões para R$ 26,8 bilhões.
Em termos de superávit da balança comercial e exportações constata-se, até outubro, recuo de 16,1% e 17,05%, respectivamente, como revela o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
"O agronegócio tem sido o nosso grande líder, há pujança tanto do ponto de vista do trabalho quanto de rentabilidade. Apesar da receita e da rentabilidade do agro estar caindo, elas ainda são positivas. Então, você tem o agro como carro-chefe puxando a economia de Mato Grosso mais uma vez, mas você tem setores que estão sofrendo bastante, principalmente o setor de comércio", salientou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, em recente entrevista ao Agro Olhar.
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até setembro, o volume de vendas no comércio varejista em Mato Grosso recuou 7,4% em 2015 no comparativo com o ano passado.
“O setor de comércio em Mato Grosso ele tem sofrido. Alguns setores não estão crescendo mais e outros estão até em retração econômica. A crise de uma maneira geral ela não tem influenciado tanto no processo de atração de investimento, mas sim quem já está dentro de Mato Grosso”, pontua o secretário.
Seneri comenta que no caso das atrações de novos investimentos o fato de Mato Grosso ainda estar "positivo" em relação ao Brasil, principalmente no agronegócio, é um dos fatores que tem levado o empresariado a olhar "melhor" o estado.
"Na vinda de novos empreendimentos a crise não tem afetado tanto. Na verdade tem sido até uma vantagem, porque, por exemplo, enquanto você olha o Brasil de uma maneira geral caindo o PIB em 3 pontos percentuais, o Estado de Mato Grosso vai crescer 2,8 pontos percentuais. O empresário está parando e se perguntando ‘Esperai o que está acontecendo em Mato Grosso, uma vez que o país está caindo e vocês estão crescendo?’”, frisou ao Agro Olhar.
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