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Segunda - 14 de Dezembro de 2015 às 22:01

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De mudança para o PMDB, o senador Blairo Maggi (PR) afirma ver na possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ascensão de seu vice, Michel Temer (PMDB) ao cargo máximo do Executivo nacional uma esperança de melhora para a economia do Brasil e de um 2016 não tão difícil quanto projetam especialistas do setor. 

“Acho que essa é a diferença: você continuar em um processo que você tem certeza que não vai, ou ir para outro que tem uma possibilidade, uma esperança de mudança. É nessa esperança que eu acho que o Brasil tem que se agarrar. (...) É isso que me move hoje, no Senado, nessa mudança de postura. Eu não tenho nada pessoal contra a Dilma, mas eu tenho tudo a favor do Brasil, do povo e das coisas que a gente precisa fazer”, diz o senador que, durante o primeiro mandato da presidente Dilma, chegou a ser convidado para um cargo de ministro. 

De acordo com Maggi, uma de suas maiores preocupações é com as projeções que economistas têm feito para o país até 2018: a tese de que nos próximos três anos o Brasil pode voltar a ter uma renda per capita semelhante a de 2009. “Isso é colocar 10 milhões de pessoas que ascenderam para a classe C, de volta para as classes D e E. É uma tragédia social”, critica, pontuando ver como claro um quadro de falência do país. “A economia vive essencialmente de crédito e crédito é confiança. No momento em que você perde a confiança e o banco sobe os juros, aumenta as garantias, as empresas deixam de produzir. Deixando de produzir, cai a arrecadação dos estados, dos municípios e da União”. 

O senador reconhece, todavia, que o processo de mudança não será fácil nem curto. Para ele, o processo de impeachment da presidente deve se arrastar até, no mínimo, março ou abril do próximo ano. “É um período longo. Não é como as pessoas pensam: que amanhã vai estar tudo resolvido. Isso vai para março, abril.

Mas, pelo menos, começou”. Na Câmara Federal, a expectativa era de que o tempo de tramitação do pedido de impeachment durasse, pelo menos seis meses, tendo em vista todo o trâmite que vai da leitura da representação em sessão plenária, passa pela composição de uma comissão que analisará o pedido, bem como a escolha de seu presidente e relator e ainda considera um prazo de dez sessões plenárias para a presidente apresentar sua defesa.





Fonte: A Gazeta

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